Friday, November 13, 2009

Bleh!





















Reza o budismo que a virtude está no caminho do meio e eu costumava concordar.
Vai ver eu até concordo, mas hoje não.
Agora mesmo eu tava pensando nisso...
Eu não tô triste, mas feliz também não tô.
Não tô goooorda, mas nem um pouco magra.
Meu cabelo não tá nem liso, nem cacheado. Nem curto, nem compridão.
Meu emprego não é uma porcaria, mas não é o melhor do mundo.
Não há ninguém que eu odeie, mas não há quem eu ame feito louca.
Minha família tá cheia de problemas, mas ninguém tem morrido.
Eu não tô pobre de marré dessi, mas rica também não tô.

Quero dizer o que com essas xurumelas?
Que nada tem me empolgado ultimamente.
E eu sou movida a empolgação.
Ando meio com preguiça de tomar atitudes empolgantes. Falta-me UHUL, sabe?
De todas as coisas mornas que me cercam no momento, a quem mais me faz falta é a de suspirar pelos cantos por alguém.
Eu já amei quatro vezes, eu acho.
E a última vez foi há coisa de dois anos.
Pensa bem que tristeza não amar ninguém por dois anos... não sentir as deliciosas borboletas no estômago, constatar triste triste uma semana depois que aquela foi apenas mais uma empolgação semanal...
Pior... Ter todas essas queixas e não ter pra quem queixar.

Tô achando tudo meio chatinho.

O que ainda me acalenta o coração e me alegra o espírito por enquanto é comer camafeu da Sabor & Arte, dar risadas altas com meus amigos - estes sim, são nada mornos - e ouvir Rouge bem alto no meu iPod.

Eu já fui melhor. Tô muito low maintenance.
Mas, tsc, ah, deixa.
Como eu tenho dito ultimamente: "Deus sabe o que faz", hahaha.
E outra: não sei se é bom ou ruim, mas eu sempre rio no final.

Saturday, October 24, 2009

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos


Deeeeus do céu, tem mês que é pior que o outro, mas custo a acreditar que pode haver um mês mais tenso que este.
Até porque a coisa foi coletiva.
Diz a lenda - eu mega assino embaixo - que quando duas mulheres começam a conviver muito, passam a menstruar na mesma época. E isto significa mais o quê? Que quando duas mulheres começam a conviver muito, passam a ter TPM na mesma época.

E aí, o que o resto do mundo deve fazer é observar uma distância mínima de segurança, porque, meu amigo, a coisa vai ficar feia!

Esse mês eu contabilizei além de mim, mais quatro amigas com TPM essa semana. O Saia Justa dessa semana tratou do tema, meu Deus do céu.

As reações são diversas. Eu que já sou irônica, fico insuportável. Minha paciência que já não é das maiores, sai totalmente de cena.
Pedestres defendem seus direitos desrespeitados por motoristas abusados - e desavisados - no meio da rua, amigas te oferecem Passaneura depois do almoço como quem oferece um Sonho de Valsa, liga-se de uma pra outra pra contar os arroubos de fúria do dia - e recebe-se aprovação irrestrita da tensa que está do outro lado com um "Que Absurdo!" ou coisa semelhante, chora-se, instala-se uma situação de desespero por chocolate, aumenta-se o tom de voz com pretendentes botando em risco até a própria pretendência, posta-se em blogs, e principalmente, reza-se para que os dias passem rápido, e a vida volte ao "normal".

O muito interessante que aconteceu comigo e outras tensas esse mês foi que apesar de toda a alteração, não nos descontrolamos umas com as outras. Nos apoiamos nos nossos descontroles com pessoas - vítimas? - aleatórias, mas não nos atacamos em momento algum. Nem a distância sugerida foi preciso manter, uma gracinha mesmo a gente.

O que me consola, de verdade, é saber que acabou.
E que há muitas chances de no mês que vem, ter mais, pra gente sofrer, e depois rir.
Juntinhas.

Saturday, October 10, 2009

Malandráge


Sumi, né?
O fato é que a ruína da minha vida tem sido um novo vício, aliás, novos vícios, no plural, porque vício pouco é bobagem.
Me livrei um pouco do Orkut, mas daí veio a bendita fazenda do Facebook.
E os inúmeros e divertidíssimos quizes.
E o Twitter que me trouxe OCriador e Nair Bello garantindo uma cota extra de alegria e risada para minha já divertida vida.
Meio que esqueci do blog. Eu sei, essa parte não é legal.
Olha só como eu tô sem assunto. Tô praticamente burra. Credo.

Tchô ver do que que eu posso falar... Eu não gosto de ficar te enrolando assim, eu sei que você tá aí lendo, e seu tempo escorrendo pelas suas mãos sem você perceber e talvez até sem reclamar, mas eu não acho legal esse tipo de coisa.

Pronto!
Vou falar da farsa que eu sou.
Falei recentemente sobre isso com o Gustavo, um cara com quem eu troco idéias, mas que não existe.

Às vezes solto essa de "eu sou uma farsa" e aqueles que já caíram na minha conversa sempre vem com um "deixa disso" ou coisa que o valha. Mas é verdade. Duvidar que eu sou uma farsa, inclusive, faz parte do processo.

Tá. Vou parar de enrolar e vou me explicar.
Você, leitor amigo, pode passar uma tarde conversando comigo que assunto não faltará e eu garanto.
Você sabe disso, dá pra perceber com cinco minutos de conversa que eu não vou parar jamais.
Então. Você por vezes vai achar que eu sei de tudo.
Não sei.
Na verdade eu não sei de nada.
Mas eu finjo super bem.
Eu tenho frases de efeito sobre ene assuntos, e essas frases impressionam, e dão a falsa idéia de que eu domino tal tópico, mas nah, eu só sei isso que eu acabei de dizer. Se você tentar aprofundar no assunto, eu saio pela tangente talvez com um bom trocadilho ou jogo de palavras que nos remeterá a outro assunto que eu provavelmente domino tanto quanto.
E você, tolinho, fica aí, impressionado com a minha habilidade.
Tem um livro aí de resenhas de livros. Acho isso a minha cara.
A pessoa hoje não precisa ler o livro, ela lê a resenha que tá tudo bem.

Eu atribuo essa minha "característica" - pra não dizer pilantragem - ao meu querido signo de Gêmeos.
Nós, os seres de Mercúrio, preferimos ter um conhecimento superficial sobre muitas coisas a nos aprofundarmos em outras poucas.
Me lembra uma musiquinha do Kid Abelha nos idos dos anos 80, Nada tanto Assim. Paula Toller bradava aos quatro ventos que sabia de quase tudo um pouco, e quase tudo mal.

Assim sou eu.
Mas estou aqui me confessando. Eu podia estar roubando, mas estou aqui pedindo: não pare de falar comigo. Deixe-se levar pela minha conversa leve e inconsequente. A vida é muito curta pra ser levada tão a sério.

Pra descontrair o ambiente, ó só o que eu achei enquanto buscava uma foto pra ilustrar esse post:

Malandro é o gato, que já nasce de bigode.
Malandro é o cavalo marinho, que se finge de peixe para não ter que puxar carroça.
Malandro é o pato, que já nasce com os dedos colados para não por aliança.
Malandro é o porco-espinho, que não precisa pagar para fazer acupuntura.
Malandro é o Sérginho, Ráááááá! (Essa é pra você, Fê!)

É isso aí, malandráge.
Fuuui!

Tuesday, September 08, 2009

Postando e Comentando XIII - Uso Diário




Se a vida não fosse tão insubstituível talvez ousássemos utilizá-la.
Porém arrumamo-la na prateleira como um vistoso par de sapatos que é bonito de se ver mas não para uso diário.
Assim, continuamos por aí sentados numa expectativa descalça.

Margareta Ekström, “To catch Life Anew – 10 swedish women poets” (tradução do sueco de Eva Claeson), Oyster River (Durham, New Hampshire, 2006).

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Um feriado especial em casa, com a família quase toda reunida.
Uns comemorando sete anos, outros errando as contas se nesse outubro completam 86 ou 87, e eu vendo a vida passar, apesar de todo o esforço pra fazê-la acontecer realmente.

Tanta repetição, tanto boicote a mim mesma, tanta fuga inconsciente de tudo o que pode de fato mudar o curso das histórias...

Vendo lá o dos 86 chegando a essa altura da vida com a plena consciência de que fez - e continua fazendo - tudo o que mais quis... vendo o que comemora 7 sem medo nenhum de viver intensamente... lendo esse trecho que me caiu nas mãos nessa noite que fecha um dia estranho de tão chuvoso e nublado, firmo neste momento o propósito de calçar meus vistosos sapatos, e, mesmo que no início eles me apertem bastante os calos, que eu me permita caminhar por aí com a leveza e a segurança dos dias mais ensolarados.

Sim, hoje acordei profunda! ;)

Wednesday, September 02, 2009

Aaaah, as crianças!!!


Me lembro de que quando eu era pequena, na minha casa se comprava revista "Pais e Filhos", e eu adorava ler a sessão "Criança diz cada uma...", para a qual papais e mamães corujas mandavam cartas contando as gracinhas que seus rebentos diziam.

Agora, crescida, sou uma teacher e vez por outra me vejo segurando o riso para não intimidar ou desrespeitar crianças divertidíssimas!
Ontem tive um aluninho novo de cinco anos juntando-se a um grupo que tem outros três garotos entre sete e nove anos.
Diversão garantida ou seu dinheiro de volta.
Vamos à diversão então?

Daí Pedro chega todo pimpão contando pro Felipe que ganhou da Dinda um DS sei lá o quê que tira até foto.
Felipe simula um desmaio. Acudimos prontamente.
Pedro diz, do alto dos seus irresponsáveis nove aninhos: "Não preocupa, Felipe. A minha mãe vai ligar pra um dos seus responsáveis pra levarem você pra brincar lá em casa!".

Na aula de ontem, André, um dos mais novinhos, chega pra mim e pergunta, solene:
"Teacher, você é santa?"
"Oi??? SANTA??? Acho que não, André, por que?"
"Por que você usa essa fitinha?"
Tratava-se de uma fitinha do Senhor do Bonfim amarrada no meu pulso.
Expliquei que na Bahia a gente ganha essas fitinhas, dá três nozinhos e faz três pedidos, quando a fitinha arrebentar, os pedidos se realizam...
"E o que você pediu?"
"Não posso contar. É segredo. Senão os pedidos não se realizam."
Davizinho, dizendo a que veio, me sai com:
"Aposto que você pediu maquiagem!".

Aaaaaah, gente, vontade de apertar aquela coisa fofa com cabelo de índio!!!
Depois dessa eles ainda continuaram todos dando seus palpites de pedidos que eu fiz, e quando chegaram à conclusão que eu pedi pra ficar rica, Felipe falou: "É, você pediu cem dólares!".

Bom, continuando com a grande estrela da aula de ontem, Davi, ele mesmo sacou de um clips de sapo e um carimbo que estavam no meu estojo e decidiu que quem usasse o clips preso da roupa é o subgerente - pelo que percebi, é a máxima autoridade na vida - e os demais são escravos que lhe devem obediência, senão serão marcados com... uma carimbada! Ufa.

Fazendo um ditado com eles, onde eu dizia uma parte da casa e eles desenhavam, Pedro disse pro Davi que ele não podia copiar o desenho muito maneiro do bathroom dele.
Davi falou que no way que ele ia copiar.
Que uma menina apareceu na TV falando que a colega colava as respostas dela na prova, mas um dia, ela planejou uma vingança!
Escreveu respostas erradas, a outra copiou, a colada substituiu as respostas erradas pelas certas, tirou um A, a copy cat tirou um E e aprendeu a lição!

E todos juraram de pés juntos que NUNCA vão colar, isso é muito feio.

Aaaaah, as crianças!

Saturday, August 15, 2009

Crescer dói















E parece que chegou minha hora.
Tenho pensado um cado nisso, sem culpa por estar vendo isso acontecer tão tarde, cheia de medo desse processo, talvez pela mesma razão...

Fui ao cinema semana passada, assistir "À Deriva".
Um filme delicado, forte, emocionante, e que me pôs pra pensar e pensar.
Felipa tinha catorze anos quando perdeu sua infância e descobriu que aquele pai ensolarado podia errar. Que aquela mãe amarga podia ser terna. Que ela, menina, podia e teria que ser mulher.
Ela era a mais velha de três irmãos.
Eu, ao contrário, sou a mais nova de cinco.
Com oito anos de diferença da penúltima.
Dezoito de diferença da primeira, o que significa muita gente pra me proteger e me preservar de ter que crescer e ver a vida como ela é.
Já nasci assim, simpatiquinha, indo no colo de todo mundo, falando, falando, sendo o xodó dos cunhados e tals.
Mãe e pai bravos, preocupados, querendo a filharada debaixo das asas deles pra sempre, uma coisa.
Já disse em outros contextos que tudo pra mim acontece meio tardiamente, no meu tempo, mas tardiamente para o tempo dos homens.
Saí de casa aos 34, fui pros USA aos 35, tatuagem também foi depois dos 30, e agora, perto dos 40, tudo leva a crer que vou ter que crescer. Não digo que eu nunca vi a vida como ela é, mas nunca como agora eu me senti vivendo a vida como ela é.

Meu pai e minha mãe já não tem mais tanta energia pra cuidarem de mim, se preocuparem comigo, e tá chegando a hora de EU ajudar a minha família a cuidar deles.
E não é egoísmo, juro, mas tá difícil de aceitar.
É quase um choque deixar de ser cuidada pra cuidar de quem cuidou de mim a vida toda.
Pra mim foi essa constatação que definiu que chegou a hora de crescer e acabou a brincadeira.
Confesso que estou tateando nessa coisa toda, que está doendo um pouco, e que não sei o que fazer exatamente, por mim, e por eles.
Só faço repetir que não quero saber de ficar velha não. Quero viver bastante, mas sem necessariamente ficar velha. Tipo, "todo mundo quer ir pro céu, mas ninguém quer morrer", sabe como?
Mas outro dia me lembraram daqueeela minha avó-ídola, que demorou mais que todo mundo pra precisar que cuidassem dela.
Bom... tomara Deus que comigo então seja assim, até porque, ainda não parei pra pensar em quem será que vai ficar responsável por essa parte, até porque a conclusão é essa: estamos aí para, ou cuidarmos ou sermos cuidados por alguém, o que faz de "ser uma pessoa legal", mais que uma sugestão.

Mas... bom... vamos vendo uma coisa de cada vez, né?
Melhor.
Agora é a hora de quê mesmo?
Ah, de crescer.
Deseje-me sorte.

Monday, August 03, 2009

Take a Tip



Queridos Leitores e Simpatizantes,

Não sastifeita com um blog, decidi começar outro.
Esse outro vai ser pra postar dica, coisinha que a gente vê e gosta e tal.
De certa forma, ele vai me ajudar a me organizar, com aquele taaaanto de site que eu coloco nos favoritos e mais o tanto de e-mail que eu sinalizo com estrela quando eu mando pros amigos.

Posso sugerir um filme, um livro, um artigo, uma cidade, um esmalte, uma loja, uma música, um parque, um show, um site, uma pessoa, uma idéia, ou o diabo.

Segue pra você - e só pra você, o mapa da mina:
http://take-a-tip.blogspot.com

Depois que a Cassia Eller me ensinou a criar blog, ninguém me segura.

Beijo, gente!

Sunday, August 02, 2009

Fi-lo porque qui-lo!


Já dizia Jânio Quadros e já repito eu porque quero.

Tô aqui porque quero.
Porque me deu saudade de escrever, e, mesmo não tendo nada a dizer, nada de nada a declarar, esta não seria a primeira vez que eu insistiria e escreveria assim mesmo.

O blog é meu, eu vi primeiro e ninguém tasca a minha liberdade de escrever por querer.

Estou aqui na bucólica Varginha, Minas Gerais, ouvindo Orquestra Imperial - no momento com meu hino "Devagar com a Louça" - sentindo uma falta danada da TV a cabo pra poder ver Fernanda Young, que esta noite entrevistará Giulia Gam que eu sei.

Cá estou eu para a hora extra das férias que deveriam terminar agora mas foram devidamente esticadas pelo porco até dia dez.
Quiçá dia dezessete.
Daí vim ver mamã e papá que eles também merecem um pouco desta minha alegria e deste meu barulho.

É impressionante a minha habilidade de enrolar, simplesmente não falar nada com nada e manter você aí, lendo e pensando: "daqui a pouco a coisa vai engrenar e ela vai dizer a que veio".
Não vou não, viu?

Como canta agora a Elza Soares (outra versão de "Devagar com a Louça"), "...eu conheço a moça... ela é mais enrolada do que linha em carretel, e você nessa jogada, vira bola de papel" . Hahahaha... Aaaaaaaiai, que perigo que eu sou.

Então, falando de música, taí a Ana que não me deixa mentir sozinha, essa semana eu resolvi desencavar cada coisa que, num ato que coragem, eu enrubescida, confessarei agora.

Antes da confissão propriamente confessa, faz-se necessário esclarecer que não são coisas que necessariamente fizessem parte do meu acervo pessoal. Mas agora fazem, porque eu desconheço limites. Baixei-las porque qui-las.
Mas o que pegou foi que frases dessas músicas me pipocaram na mente, e de uma música pulei pra outra - geralmente pior - e chega de mais delongas, pois um post totalmente sem propósito e sem conteúdo nem merece tanto trabalho.
E você talvez nem mereça terminar de lê-lo.

Vai mesmo continuar com isso?
Tá então.

Olha a lista de Recently Added do meu iTunes.
Veja sem julgar o meu ecletismo.
A Ana sabe que alguns casos tem um contexto.
E que na hora foi engraçado.

Devagar com a Louça - Orquestra Imperial
Devagar com a Louça - Elza Soares
Dia Branco - The Sconhecidos (ótimo isso, haha)
Queixa - Caetano
Leãozinho - Caetano
Tenho - Sidney Magal
Meu sangue ferve por você - Sidney Magal
Nossa Paradinha - Harmonia do Samba
Vem Neném - Harmonia do Samba
O Rodo - Harmonia do Samba
Breakaway - Donna Summer
Pelo Interfone - Fernanda Takai e Jerry Adriany
Tragédia no Fundo do Mar - Originais do Samba
Chiclete de Hortelã - Originais do Samba
A Dona do Segundo Andar - Originais do Samba
Cadê Teresa - Originais do Samba (RIP Mussum querido! Cacildis!)
Chic Chic - Kelly Key (vou baixar agora, pra quando for pensar na vida que cê leva, Ana!)

Bom.
Você pense o que bem quiser de mim depois disso.
Quando eu quiser mesmo te impressionar, leitor amigo, eu posto meu playlist completo, aí você vai ver só.
Por enquanto eu quero só entreter.

Tchau.
Que a vida que eu levo nêgo pensa que é fácil.
Mas não é.
Nnnnnnnão é!

Monday, July 20, 2009

Eu não sei reclamar



















Primeiro de tudo, oi-quanto-tempo, né?
Sumi.
Tava de férias.
Fui pra Bahia... Praia do Forte. Moraria lá. Na moral!

Então, foi inclusive um fato ligado a esta viagem que me trouxe aqui.
Se você me conhece ou me acompanha aqui, sabe que essa viagem pra Bahia já começou zicada, né?
(Prometo calar mais a boca daqui pra frente, juro que prometo!)
Era pra ter sido em dezembro do ano passado, reveillon por lá e tal e coisa e coisa e tal.
Não rolou.
Daí começou a temporada de alterações na tal da reserva.

E eu altero, viu.
Uma pessoa de gêmeos altera sempre que for possível alterar.

Daí chegou a grande hora! Eu e Vivi pontualíssimas no balcão do check in da GOL, Flávia não pôde ir e ficou com o crédito, eu muito eficiente com meu localizador e tudo, cadê eu no sistema?
Nada de mim.
Tinha lá sim, duas reservas em nome de Flávia Alves.

Mas moça, então, a Flávia Alves fez a minha reserva no cartão dela, sabe? Ela já tava com a mão na massa.

É, mas aparentemente as duas reservas estão no nome dela, só ela pode embarcar.

Mas moça, ela não vai embarcar, ela tem treinamento, tem pós, eu que tô de férias.

Lamento, mas vai dar "no show" pra ela então.

Mas moooooooça, eu tô falando que eu recebi e-mails de vocês no MEU nome com as MINHAS alterações, não faz sentido ela ter comprado duas passagens pra ela, moça. Pensa comigo, você resolve viajar e pensa: "Vou comprar uma passagem. Não, vou comprar duas!" Isso não existe, moça.

Sim, eu concordo com você, mas aparentemente é o que aconteceu.

Daí a Vivi ficava nervosa e eu ria, e já me preparava pra não embarcar com ela, já fui dando o telefone da Liz e combinando de encontrar com elas no dia seguinte. Eu não sei porque, nem combina muito comigo, mas eu sou muito cordata.
E eu acho as coisas engraçadas.

Mas daí veio um moço bonzinho e olhou no sistema detalhado lá dentro - sim, porque a moça do "aparentemente" tava olhando no resumido o tempo todo, a vaca - e me achou!
Eba!

Daí a moça do resumido me passou um número e mandou eu ligar e fazer uma ocorrência, uma reclamação formal lá porque foi erro deles (mas ela não é eles?, pensei eu).
Tá, respondi eu pra ela.
Senão eu podia ter problema pra voltar, ela explicou.
Tá, respondi eu pra ela, pensando no quanto ia ser bom ter problema pra voltar.

Daí voei, né?
Liz e Skate lá no aeroporto, só alegria.

Uns três, quatro dias depois, Vivi me perguntando toda hora se eu não ia ligar na GOL, ok, liguei.

E confirmei o que eu já suspeitava: eu não sei reclamar. Inda mais quando no momento da reclamação eu tô feliz.

O moço atendeu lá e eu já comecei explicando que eu PRECISAVA fazer uma reclamação formal porque a moça do guichê tinha assim me instruído (pra mim tava tudo certo, eu tinha voado, não tinha?). E queria também confirmar meu retorno.
Daí o moço disse que ele confirmava, mas que a reclamação era num outro número lá.
Me transferiu e comecei a ouvir aquela musiquinha eterna.
Desliguei.
Tsc, ah, eu não queriiiiiia assim, do fundo de minh'alma, reclamar de nada.
Eu tava na Bahia, tava tudo certo, tava tudo bom.

Só zangou da Vi não poder ficar comigo até o fim, mas isso é outro papo, e eu disse no começo, a viagem TAVA zicada.
Tão zicada que eu não tive problema nenhum pra voltar.

Saco. Pronto, reclamei!

Tuesday, June 09, 2009

A mulher invisível - O homem invisível


Então que domingo eu fui ao cinema. Confesso que estava esperando mais uma comediazinha água com açucar.
E olha, tive uma grata surpresa...
Gosto muito das críticas do site do Omelete e recorri a eles pra me ajudarem a estruturar meus pensamentos aqui, então, faz o seguinte, leia e eu venho depois, tá? Tchau. Té mais.

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http://omelete.com.br/cine/100020143/Critica__A_Mulher_Invisivel.aspx

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Então. Eu adoro ser feliz pra sempre, até o próximo pé-na-bunda.
E olha, esse filme rendeu boas risadas sim, mas algumas reflexões.
Primeiro que falar sozinha pra mim não é novidade. Ok que eu não faço muito isso em público, mas faço.

Quando eu era pequena eu tinha um ex-marido chamado Petrúcio, que na verdade era o Denis Carvalho. Eu juro que ele era bonito.
Então, quando eu criei o Petrúcio a gente já era divorciado, mas era uma coisa civilizada. Eu devia ter uns 7 pra 8 anos, eu tinha uma boa noção dessas coisas já.

Hoje eu tenho homens ideais com quem eu interajo.
Homens, no plural, mas não, eu não sou promíscua, fica tranquilo.
É que eu mudo de idéia facilmente. Na verdade eu devia mudar mais, porque todos esses homens ideais são exes meus.
Eu me imagino em reencontros com eles, alguns mais doces, alguns em que eu faço um jogo duro danado pra depois degelar, em quase todos eu falo umas verdades, com uns eu permaneço irredutível, tem um aí que me ajuda até a praticar o inglês...

Eu acho bom de certa forma, porque com essas conversas muitas vezes eu chego a algumas conclusões interessantes mesmo!

Mas o filme vai um pouco além. Ele prega que o invisível, é a gente mesmo, e o que a gente espera e quer de um relacionamento. E é.
Então pensei que eu posso estruturar melhor esse meu homem invisível, deixar os do passado no passado e então, tal qual Pedro no filme,deixo o invisível me botar por frente pra me tornar aquela que o invisível gostaria de ter para si. Daí o invisível se materializa. Simples desse jeito.

Ok, voilá: meu invisível podia ser um tantinho mais alto que os que tem aparecido visíveis pra mim, ser moreno, ter barba, ter os olhos apertadinhos, um sorriso bonito com os 32 dentes dentro da boca, ter um queixo expressivo, uma boa nuca (eu tenho essa fixação, me deixa), pés e mãos de homem. Ele não deve ser muito malhado, mas é melhor não ser um gordo desleixado também.

Ele pode também ter outro modelo e ser careca. Careca que eu digo não é ficando careca - e normalmente tentando disfarçar -, eu digo careca convicto. Daí nesse caso, acho que sem barba.
Podia ter de 30 a 35 anos? É. Tá bom.

Meu invisível trabalha, porque eu devo ter tido um marido vagabundo em outras vidas, de tanto trauma que eu tenho.
Então esse aí, sendo o ideal, esse trabalha. Não é um workaholic que vai me deixar na mão ou ter um caso com a secretária, mas tem que trabalhar.
Aliás, não sei se ele tem secretária, porque se não me falha a memória, ele é jornalista. Mas o bom é que ele é músico também.
Não, nada a ver com pop rock e fãs insandecidas, o negócio dele é mais jazz, mais sossegadinho.
Ele tem um inglês muito bom, e a gente viaja sempre que dá.

Ele é muito espirituoso, acha uma graça danada das minhas piadinhas e trocadilhos mais infames e tem sempre comentários pertinentes sobre tudo.

Cozinha que é uma beleza e tem uma mania de ir já lavando tudo o que vai usando que me mata de paixão!

Não é a pessoa mais organizada do mundo, mas como eu não sou um modelo de exemplo neste quesito também, isso não é problema.

Aliás, a gente combina em bastante coisa. Tem dias em que tudo o que a gente quer é assistir um DVD debaixo das cobertas e tem dia que a maratona é puxada. A gente adora um cinema, um teatro, um samba, uma feirinha de artesanato, uma caminhada à toa, não tem tempo ruim.
A gente realmente gosta da companhia um do outro e dos muitos amigos que temos.
Ah, sim, esse invisível é tão bom que se deixa ser visto comigo, tem um orgulho danado da mulher que conquistou. Adora as minhas amigas e elas a ele.

Me aparece com presentinhos originais em situações nada a ver e adora meus cartões e minhas surpresinhas do nada também.

Com ele eu tô liberada pra ser eu mesma, aquela pouco dada a babados, delicadezas e frescuras de mulherzinha, mas que gosta de agradar e sabe ser fofa também.

Nas conversas com ele o tempo voa e eu geralmente estou às gargalhadas.

Ele sem querer me incentiva a ser uma mulher cada dia mais bonita e mais interessante, porque me trata de maneira tal que não merece nada menos do que isso.

E eu de mim, tô indo ao supermercado mais próximo.
A gente nunca sabe quando é que o vizinho (in)visível pode bater à nossa porta precisando de uma xícara de açucar.

Wednesday, June 03, 2009

Brrrrrrrr...


Geeeeente do céu!
Num surto de falta de assunto e de saudade de escrever, venho eu falar do que mais me incomoda neste exato momento: O frio.

Eu não sei pra que isso quando não se está em Big Sky, Montana, hahaha...
Ok, eu já disse em outro post, eu só gosto de frio se for lá, não vou ficar me repetindo.

Mas olha, esse tá um saco.
Veio de uma vez, sem muito aviso.
Me deixa preocupada com meu pai velhinho e pequenininho que soooofre todo ano no inverno, me deixa com o lábio ressecado e soltando pelinha, me dá muito mais fome e muito mais preguiça de sair da cama de manhã.
Me deixa nariz, pé e mãos gelados e com qualquer dos itens citados sem o aquecimento mínimo, eu não durmo, daí vem a preguiça de sair da cama no dia seguinte e assim caminha a humanidade, nesse círculo vicioso e gelado.
Minha alergia fica atacadíssima também.
Olha, a vida no inverno não é fácil.

Maaaaas, como nem só de reclamações vive o homem, ok, eu vou falar as coisas que são boas no inverno.

Inverno é bom pra poder aproveitar que eu tenho ainda mais fome, e comer ainda mais. Afinal a gente se enche de muito mais roupa e ninguém vai reparar que a gente está em forma. De linguiça. Cheia de gomos.

Falando em roupa, é bom porque todo mundo - ou quase todo mundo - fica mais chique. Cachecóis, sobretudos (tudos? haha), botas, luvas, gorros, são de um glamour sem fim. Todo mundo fica um tiquinho mais chique.

É no inverno que tem festa junina, e tem fogueira, e tem casamento caipira.

No inverno tem fondue. De queijo, de filé, de frango, de fruta com chocolate.
No inverno tem pão italiano recheado com gorgonzola e requeijão derretidos. Que fica bom com vinho.
Tem feijoada!!!

No inverno tem aqueles aquecedores que têm nos bares, tem o ar quente no carro que tem ar quente, tem banho de banheira, tem abraço! Eu gosto de abraço em qualquer estação, confesso. Mas no inverno é mais gostoso ainda. É necessário até.

Só quero mesmo que você me aqueça nesse inverno.
E que tudo mais... vá pro inferno.

Thursday, May 14, 2009

Postando e Comentando XII - Tá doendo?!? Então, solta!


É fato.
O povo tem escrito muita coisa ultimamente pensando em mim.
Eu me limito a postar e comentar, numa maneira de passar pra frente.
Vai que o povo tem escrito muita coisa ultimamente pensando em você, e você não tá sabendo?
Não, não precisa agradecer. Aproveite aí.

Este texto em especial, me deixou bem.
Me deixou com uma sensação de "Ufa, então tá tudo certo!".

Porque, olha só que inédito: sem saber, eu estou agindo do jeito certo dessa vez.
É bom demais quando ninguém te ensinou a coisa, você vai seguindo seu instinto - que neste caso, no meu caso, se chama coração - e quando vêm ver como é que você está fazendo, surpresaaaa! tá tudo certo.
Daí você faz igual o Ivan, meu aluno, e fala pra si o mais sonoro YES!

Lá vai!
Tá tuuudo certo.
E mais, não falo.

+++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Tá doendo?!? Então, solta!
:: Rosana Braga ::

Sabe quando você vive uma situação difícil, angustiante e que te incomoda? Quando você não sabe o que dizer, o que fazer ou como agir para que a dor passe ou ao menos diminua?

Pois vou te contar o que tenho descoberto, por experiência própria! Em primeiro lugar, observe a situação toda e, sobretudo, observe a si mesmo e os seus comportamentos.

Errou? Tente consertar e, de qualquer modo, peça desculpas!
Fez ou falou o que não devia? Explique-se, seja sincero, não tente esconder seu engano ou fingir que nada aconteceu... Valide a dor do outro, sempre.
Ta difícil conseguir uma nova chance? Dê um tempo. Espere... Às vezes, algumas noites bem dormidas e alguns dias sem a imposição de sua presença ou a insistência de suas tentativas são preponderantes para que os sentimentos bons sejam resgatados e para que um coração possa ser reconquistado.

Por fim, fez tudo isso e não deu certo? Não rolou? A pessoa até te perdoou, mas a massa desandou, a história se perdeu, os desejos esfriaram?!?

Você se sente inconformado, esmagado pelo arrependimento, atordoado pela tristeza do que poderia ter sido e não foi? Tem a sensação de que estragou tudo? Não sabe mais o que fazer para parar de doer? Acredite, só tem um jeito: solta!

A dor é conseqüência de um apego inútil! Deixa ir... Deixa rolar... Se você já fez o que podia fazer, tentou e não deu, confie na vida, confie no Universo e siga em frente. Pare de se lamentar, pare de se debater e de se perder cada vez mais, e tenha a certeza absoluta de que o que tiver de ser, será!

Quando essa certeza chega, é impressionante: a gente simplesmente relaxa e solta! E quando solta, a dor começa a diminuir, e a gente começa a compreender que está tudo certo, mesmo quando não temos a menor idéia de que certo é esse. Mas quando menos esperamos, tudo fica absolutamente claro!

Não se trata de desistir, mas de confiar! Isso é o que se chama FÉ! Isso é o que desejo a mim e a você, quando algo estiver doendo em nós...

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Rosana Braga é Escritora, Jornalista e Consultora em Relacionamentos, Palestrantee Autora dos livros "Alma Gêmea - Segredos de um Encontro" e "Amor - sem regras para viver", entre outros.

Saturday, May 09, 2009

Postando e Comentando XI - Por Estarem Distraídos ou Cansaaaaada!



















Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não.
Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto.
No entanto ele que estava ali.
Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso.
Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham.
Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.
Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

- Clarice Lispector -

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Eu li esse texto pela primeira vez há coisa de uns... quê? quinze anos? Talvez.
Me lembro era uma época em que eu amava e era amada, disso eu me tenho certeza.
Foi um tempo de uma magia tal, que tivemos - eu e ele - muito medo de acontecer isso com a gente.
Batata, de tanto medo, aconteceu.

E eu acho, hoje, relendo, que eu nunca mais me distraí.

Tomara que ainda dê tempo.

Tô cansada. Pronto. Falei.

Tuesday, May 05, 2009

Postando e Comentando X - Rebelar-se é viver o presente


Eu que me digo tão desapegada, tenho sim, alguns apegos brabos.
Ao passado, o maior deles.
Relembro, revivo, remôo, e dou preferência para aquelas lembranças mais doídas.
Parece que gosta de sofrer, que coisa!
Ah, mas falar é fácil! Ela responde.

Bom, tem pessoas que conseguem dar uma simplificada tão grande na coisa toda que até parece meio possível!?!
Olha só isso, gente...

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A mera existência não é a vida. E as pessoas estão apenas existindo, vegetando, sobrevivendo de uma forma ou de outra.

Para a sobrevivência, pão com manteiga e abrigo são suficientes, mas não haverá grandeza, esplendor. Seu céu interior permanecerá totalmente escuro. Não haverá estrelas, não haverá uma noite de lua cheia.

É preciso rebelar-se, rebelar-se contra toda besteira que está sendo ensinada de fora pelas universidades, pelas igrejas, pelos sacerdotes, pelos políticos. É preciso rebelar-se contra tudo. É uma conspiração bastante antiga, com raízes muito profundas.

Rebelar-se significa abandonar todo o passado e viver no presente, sem tradição alguma, sem lembrança alguma, sem conhecimento algum, viver como uma criança, como se você fosse o primeiro homem...

Abandone o passado como se ele nunca tivesse existido, recomece sempre do bê-a-bá, do zero. Assim você terá uma vida linda, uma vida aventurosa, terá uma qualidade extática em sua vida.

Osho, em "Meditações Para o Dia"

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Simples assim.

Friday, May 01, 2009

Postando e Comentando IX - A última impressão é a que fica



















Segue um texto de um dos blogs que eu leio e recomendo, chamado "Palavra de Homem", homem este chamado Felipe Machado, jornalista do Estadão, músico e estudioso da alma feminina.
Dos muitos bons textos dele, este em especial me chamou a atenção.
Concordo.
Assino embaixo.
E me preocupo desde então com a minha última impressão.
Até o próximo encontro, quem fica, é ela.
Enjoy.

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Algumas pessoas não ligam para essas coisas, mas o normal é querer sempre passar uma boa impressão quando se encontra alguém pela primeira vez. Como diz o ditado, a primeira impressão é a que fica. De uns tempos para cá, porém, andei pensando sobre o assunto e descobri que o que acontece na vida real é justamente o contrário: o que fica é a última impressão.

Para você não achar que estou querendo bagunçar um ditado milenar, vou contar um pequeno caso. Muitos séculos atrás, período da era mesozoica em que eu ainda era solteiro, conheci uma garota numa praia do litoral norte de São Paulo. A primeira impressão que tive dela foi ótima: bonita, simpática, divertida, inteligente. A gente nunca tem 100% de certeza em relação a essas coisas, mas acho que ela também foi com a minha cara: sorria bastante, puxava papos, concordava com as coisas que eu falava. Como eu estava voltando para São Paulo no dia seguinte, ofereci uma carona. Ela aceitou.

Arrumamos as malas numa boa, entramos no meu carro, escolhemos juntos a trilha sonora. Maravilha. Mas na estrada, a boa impressão que ela tinha de mim começou a desmanchar.

Todo mundo tem defeitos. Eu tenho vários, mas um deles me incomoda em especial: sou péssimo com caminhos. Às vezes, estou dirigindo e começo a pensar em outras coisas... quando vejo, estou em outra cidade.

Pois foi exatamente o que aconteceu: o papo estava tão bom que perdi a entrada para São Paulo e fui parar na sombria periferia de alguma cidadezinha do interior. Aí deu tudo errado: era época de eleição e meu carro ficou preso no meio de um comício. Quando a multidão começou a bater na janela do meu carro, descobri que minha bela passageira sofria de claustrofobia. Ela começou então a chorar e a minha ótima primeira impressão virou pó.

Deixei a garota em casa cinco horas depois. Ela nem olhou para o carro para se despedir. O que você acha que está na memória dela até hoje, o meu papo superdescolado na praia ou a minha cara de idiota no portão da casa dela? Acertou.

Temos que passar uma boa impressão em todas as ocasiões, mas a imagem que realmente fica na memória das pessoas é sempre a mais recente. Quando você reencontra um amigo de infância e descobre que ele virou o cara mais chato do mundo, não há lembrança sobre aquela histórica partida de futebol no primário que salve a amizade.

A impressão que você tinha sobre o velho amigo era ótima; a atual, que vai durar até você se encontrar com ele novamente, é péssima. A gente nunca tem 100% de certeza sobre essas coisas, mas tenho a impressão de que você me entendeu.

Friday, April 24, 2009

Relaxa que eu tenho um plano...


Não sei pra quê que eu insisto.
Eu não sou organizada, eu não sei usar agenda, eu não sei usar nem calendário, eu tenho limitações quando o assunto é relógio de ponteiros... por que diabos me meto a fazer planos?

Quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo.

Eu fui a uma médica alergista aqui em SP dia desses.
Só que eu tava meio pobre, a Sil me emprestou a grana a tempo e tal.
Fui ao banco, saquei o dinheiro, fui pro consultório.
Qual era o plano?
Consultar.
Pagar.
É o que a maioria das pessoas faz.
A médica virou minha amiga de infância, a consulta durou uma hora e quinze, ela foi comigo até a porta da clínica, eu me despedi com beijinhos, disse tchau-bom-final-de-semana pras mocinhas da recepção e fui.

Paguei?
Não.

A médica pediu uns exames que eu planejei (aí, de novo!) fazer em Varginha no dia 19/abril.
O plano era: jejum de oito horas na sexta pra fazer exame sábado.
Eu levei o pedido dos exames pra Varginha?
Claro que não.
Daí fui pra Happy Hour do Clube, dancei, bebi um cado de cerveja e comi vários petisquinhos até o amanhecer.

O retorno era hoje, dia 24.
Putz, tenho que levar os resultados do exame, gente.

Relaxa que eu tenho um plano: eu chego em SP terça.
Fico em jejum.
Quarta de manhã eu vou dar aula pro Kuarahy, o Kuarahy não vai à aula, eu volto rapidamente pra casa, vou no Hospital Santa Isabel aqui do lado e faço os exames. Vai ficar pronto até sexta, claro!

Jejum: check.
Kuarahy não comparecer: check demais, hehehe... essa era a parte fácil.
Colher sangue no Santa Isabel: peeeen.
"Não fazemos esses exames aqui, são exames especializados."

Ok, provavelmente não faria em Varginha também, então viva a Happy Hour, a Skol e os petisquinhos.

Voltandoooo. Focoooo.
Tá. Vou ali no Lavoisier pra aproveitar o jejum e já faço isso.

Eu nunca tinha ido no Lavoisier.
O tamanho da coisa tava definitivamente fora dos meus planos.
Minha senha era a 612 e tava no 457.
Quarenta minutos depois, eu prestes a desmaiar de fome, os números não mudaram.

Ok. Mudança de planos por questão de sobrevivência.
Vou fazer esse exame amanhã e vou no retorno sem resultado de exame. Paciência.

Jejum de novo.
Lavoisier ontem de manhã de novo.
Demorou uma hora pra me chamarem pra fazer o meu cadastro, mais uma meia hora pra chamarem pra coleta, dei conselhos de vida pra moça que coletou meu sangue e essa foi a melhor parte do plano, a parte não planejada: fazer a moça feliz! Ela me achou muito legal e eu saí da salinha com um band-aid de bolinha na dobra do braço e deixei a moça com uma frase para reflexão: "Quem fica parado é poste.". Ela respondeu animada: "Olha essa Patricia!".
Resultado na segunda, 27. Tá, né?

Sexta.
Muitos planos!
Aula pro Kuarahy que não foi.
Pegar pão na Charmosa pra tomar café com a Fê (café ca Fê, haha).
Treinamento na Pompéia.
Hidratação da promoção na Capricci com as meninas.
Almocinho rápido e sem grandes ambições com as meninas.
Ônibus para a Dra. Ana Paula às 15h30min. O retorno!
Primeiro dia de aula na faculdade.
Aniversário da Lé.
Tava tudo na agenda. Juro.

Almocinho rápido e sem grandes ambições?
Virou Macedos muito fino, e com cai-pi-ri-nha. Tá bom pra você?

Dra. Ana Paula de bus?
A Isa me deu carona.
Cheguei lá, falei: "Oi, eu tenho um retorno com a Dra. Ana Paula. Eu sou aquela que não pagou a consulta."
Gislaine diz: "Então. Eu tentei falar com você, deixei um recado na caixa postal, a Dra. teve que viajar e não vai poder te atender."
Aaaaah, foi aquela hora que o telefone tocou durante o treinamento e eu fingi que o celular não era meu porque eu tinha esquecido de botar no silencioso... Crédito pra ouvir a mensagem de voz eu não tinha. E na consulta eles ligaram pra confirmar, deve ser pra confirmar o retorno.
Não era.
Era pra cancelar.
Tomou, papuda?

Paguei a consulta que eu devia, marquei o retorno pra dia OITO de maio.
Agora dá tempo de pegar o resultado do exame.
Bem de acordo com o planejado.
Finalmente!

Ah, fui à aula, mas o aniversário da Lé não rolou.
Fiquei 45 minutos plantada na Paulista sozinha e Deus e nádegas de passar o ônibus que eu precisava.
Ela vai me entender.
Outra hora a gente planeja de comemorar, hehe...

Monday, April 20, 2009

Postando e comentando VIII: O Menino do Dedo Verde


Que coisa engraçada... eu nunca mais ouvi falar do menino do dedo verde. Nunca mais.
Eu li quando eu tinha uns 10, 11 anos, fiquei maravilhada com aquele menino que transformava tudo em flores, escorregava pelos corrimões de casa e chamava o pai de Senhor Papai e a mãe de Dona Mamãe, coisa que eu muito provavelmente devo ter começado a fazer também.

Aí eu li na internet e na Veja que o autor Maurice Druon, morreu dia 14 de abril, aos 90 anos, em Paris.
Nem sabia que além do "Menino" ele havia escrito uma série de sete romances sobre a monarquia francesa que teve mais de 100.000 cópias vendidas só no Brasil.

Me deu saudade de Tistu. Que eu até hoje não sei se é Tístu, ou Tistú.
Pardón my French.

Deleite-se.

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Tistu é um menino muito sortudo. Vive na cidade chamada Mirapólvora numa grande casa, a Casa-que-Brilha, com o Sr. Papai, Dona Mamãe e o seu querido pônei Ginástico. Eles são ricos pois o Sr Papai tem uma fábrica de canhões. Para grande decepção de todos, Tistu dorme nas aulas. Sr Papai resolve fazer com que Tistu aprenda as coisas vendo-as e vivenciando-as. As aulas serão com o jardineiro Bigode e com o gerente da fábrica de canhões, o Sr Trovões.
Na primeira aula, o jardineiro Bigode descobre um dom fantástico em Tistu: o menino tem o dedo verde! Isto significa que, onde ele colocar o dedo, nascerão flores! Porém as pessoas grandes não iriam entender este dom. Seria melhor mantê-lo em segredo. Bigode se transforma no conselheiro de Tistu.
Com o Sr Trovões Tistu conhece um pouco do lado triste do mundo: a miséria, a prisão, o hospital. Ele resolve alegrar estes ambientes colocando seu dedo lá, mas no anonimato. Para o espanto da população, o presídio ficou com tantas flores que as portas não conseguiam mais fechar. Mas os presos não queriam fugir, pois estavam maravilhados! As flores da favela absorveram o lamaçal e enfeitaram as casas, transformando a favela em atração turística. A menina do hospital, que antes contava os buraquinhos do teto para passar o tempo agora conta botões de rosas, que nascem em volta do seu leito. A cidade, e a vida das pessoas da cidade, mudaram completamente.
Tistu então conhece a fábrica do Sr Papai. Ele fica inconformado com o mal que os canhões e as guerras trazem. Secretamente, coloca o dedo nos canhões que estavam sendo enviados para uma guerra. Resultado: a guerra fracassa, pois ao invés de bombas, os canhões lançaram flores. A fábrica é arruinada.
Vendo o desespero do sr Papai, Tistu resolve revelar que foi ele quem colocou as flores nos canhões e prova isso fazendo nascer uma flor no quadro de seu avô, na parede. Sr Papai resolve então transformar a fábrica de canhões em fábrica de flores. A cidade passa a se chamar Miraflores.
Um dia Tistu recebe a notícia de que o jardineiro Bigode tinha ido viajar, que estava dormindo. Confuso com as informações, Tistu pergunta para seu pônei o que aconteceu com Bigode. Ele revela: Bigode morreu. E este é o único mal em que as flores não podem fazer nada.
- Se Bigode morreu, ele está no céu. Então, vou construir uma escada com minhas flores para ele descer! – conclui Tistu. Após construir a escala, era impossível ver onde ela estava terminando. Sumia no céu. Tistu esperou mas Bigode não desceu. Então ele resolve ir buscá-lo. Seu pônei tenta impedi-lo sem sucesso. Tistu sobe a escada, vê sua casa diminuindo, vê as nuvens, perde seus chinelinhos e escuta a voz do Bigode: - Ah, você está aqui!
Naquela manhã os moradores da Casa-que-Brilha saíram a procura de Tistu e encontraram uma relva diferente, roída pelo pônei, com botões de rosas dourados, formando a frase: Tistu era um Anjo.

Thursday, April 09, 2009

There are so many special people in the world...




























Por que será que tem que ser assim?
Mais, será que todo mundo é assim?
Se é mais difícil, mais sofrido, é mais bacana? É assim, então?

Eu ganhei um aluno especial esse semestre.
Pra não expor demais, não vou dar muito detalhe não, mas o que eu sei é que é difícil.
Cansativo.
Me esgota.
Parece que eu dei três aulas seguidas e foi só uma.

Mas a paciência que por vezes me falta, com ele e pra ele não falta mais.
Repito, repito, repito, explico, comemoro os acertos, consolo nos erros e, olha, espero que eu esteja certa, mas hoje eu vi uma evolução ali.
As dificuldades estão crescendo e ele está acompanhando... devagar está me seguindo.

É bonitinho vê-lo comemorar seus acertos com um YES! animado.
Ver que ele agora me obedece e me respeita, coisa que não acontecia no início.

E me deixa feliz pensar que se ele seguir em frente, mesmo no ritmo dele, mais lento, como ele sabe que é, se ele chegar lá, ele vai se lembrar de mim como sua primeira teacher.

E hoje, não sei porque, dando aula pra ele e vendo ele entender presente simples e acertar comigo as regras da terceira pessoa, me senti uma pessoa melhor.
Fui eu quem me senti "especial".

Obrigada, Deus, e obrigada Paulinha, minha fada, por - mesmo indiretamente - me deixar me sentir tão bem hoje!

Saturday, April 04, 2009

Sobre a (im)perfeição


A perfeição é muito relativa e eu - a duríssimas penas - aprendi que não a quero mais.
De perto ninguém é perfeito, de perto ninguém é normal.

O ideal inatingível que eu coloco tão acima de mim pode servir para que eu me deprecie mais e mais, porque o óbvio às vezes parece sânscrito: não vou ser perfeita nunca. Vou ser sempre eu.

A coisa toda é me sentir bem sendo quem eu sou, under my own skin.

Muita gente costuma achar que o problema é sempre o outro.
Eu ao contrário sempre tenho certeza que o problema sou eu, o outro é sempre o máximo, ele há de estar certo, alguma coisa eu fiz, e mesmo que eu nunca descubra o que foi, foi horrível com toda a certeza.

Muita gente pode se surpreender ao me "ler" falando assim, eu não pareço me preocupar muito com os julgamentos e opiniões alheias não, eu sei disso, mas "de noite na cama eu fico pensando", você é que não sabia.

Porém, a gente está nesse mundo pra evoluir, no dia em que a gente atinge o ponto máximo a gente vai embora, deixando o exemplo e as lembranças pros outros.

Eu tenho aprendido bastante comigo e com as diferentes Patricias que eu sou quando estou com diferentes pessoas. Sim, parece meio complicado, nem sei se acontece o mesmo com mais alguém, mas eu não sou a mesma com todo mundo, eu não sou uma só. Posso ser ótima e posso ser péssima. Posso me alternar com as pessoas e posso me alternar com a mesma pessoa. Posso não estar conseguindo me fazer entender mas qualquer coisa eu volto mais tarde pra tentar clarear mais as coisas.

O diferencial recém absorvido - que é o que eu quero pra mim desse minuto em diante - é aceitar minhas fraquezas, me perdoar por elas, e mais importante, revertê-las, mesmo que a duríssimas penas.

Aceitando meu tempo, aceitando o tempo dos outros, aceitando que mesmo depois de revertidas as fraquezas em força, ainda estarei longe da perfeição.

E que mesmo assim, tá bom.

Tuesday, March 31, 2009

Postando e Comentando VII: Sempre teremos Paris






















Fico feliz e quase aliviada quando alguém também fala o que eu também sinto e não falo.
Ou não falei ainda.

Eu sei lá.
Me acho meio diferente, às vezes.
Eu quero sem querer e não quero querendo.

Me sinto sempre dez anos atrás muito embora eu saiba que estou aqui mesmo, hoje, agora.
Não tenho 28, e tá cheio de coisa importante pra acontecer na vida com prazo de validade.
Não gosto não.
Saco esse negócio de deadline.
E eu vivo aí achando que agora vai, que agora eu vou resolver a minha vida.
Ao mesmo tempo, vai ver que vida - resolvida ou não, de acordo com o ponto de vista - é isso que eu tô vivendo.
Acho até que é.
Não é?

Aaaaah.
Lê aí, vai.
Leia o texto, veja o filme.

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April e Frank Wheeler consideravam-se especiais, eram irreverentes, ele lutou no front da Segunda Guerra, ela queria ser atriz. A primeira pergunta que ela dirige a ele quando se conhecem: “O que você faz?”. Ele responde de forma literal, dizendo no que trabalha. Ela o corrige, não está interessada na realidade, mas no sonho: o que ele quer ser? Frank diz que está confuso, procurando se encontrar. Embora reclamando, ele acha algum sentido na vida suburbana que o casal monta sem pensar. Trabalha numa firma onde pode crescer, pega o trem todo dia, reencontra a família e a casa arrumada ao voltar. April não sente o mesmo: sua carreira dramática não vinga e a rotina doméstica a enlouquece.
A história do casal Wheeler está num livro chamado Revolutionary Road (Richard Yates, 1961), que alude ao nome da rua em que eles moram. O endereço não podia ser mais paradoxal, pois é para acomodar-se e não para mudar o mundo que eles aderiram à típica casinha branca de família americana. Mas dentro de April a revolução borbulha e é a isso que assistimos do começo ao fim do livro e do filme (Foi apenas um Sonho, de Sam Mendes). Seu amor por Frank só reacende quando eles voltam a partilhar um sonho: mudar-se para Paris. Ela planeja trabalhar e ele ficaria um tempo estudando e tentando ser outra coisa, talvez escritor. April não quer dele o que os homens estavam acostumados a dar às mulheres: casa, sustento, filhos.
Não conto mais para não estragar o prazer de ver esse filme, na magistral interpretação do casal de ato­res protagonistas de Titanic. Digamos que eles encenam o que poderia ter acontecido se a tragédia não tivesse transformado aquele amor em apenas um sonho.
Entramos num tema que já foi maravilhosamente tratado em As Horas, aquilo que Betty Friedan na década de 50 chamou de A Mística Feminina: a insatisfação das mulheres com seu destino doméstico. Trata-se da onda de depressão que abateu as americanas do pós-guerra, que murchavam em plena época de prosperidade. Não estaria velha essa questão, como idosas estão as que foram suas protagonistas?

Eternamente inquietas.
Provavelmente não, embora a vida das mulheres tenda a ficar cada dia mais próxima dos anseios de April. Hoje podemos viver destinos diversos, mas continuamos perdidas em devaneios, usufruindo do legado de insatisfação que nossas ancestrais nos deixaram. Para as acompanhadas, fica a dúvida do que seriam se fossem livres, enquanto as solitárias sentem-se em dívida com o destino amoroso. Filhos estorvam quando existem e deixam um buraco quando faltam. Estamos sempre inquietas.
O filme nos lembra que os homens também estão mais interessados no que podem tornar-se do que no que são. Frank amava em April essa angústia, essa dedicação ao sonho, April amava em Frank aquilo que ele não realizou. Como na história de outro casal antológico do cinema, os apaixonados de Casablanca: no fim nós sempre teremos Paris.

Diana Corso, 48, é psicanalista. Vive em Porto Alegre, tem duas filhas, escreve quinzenalmente no jornal Zero Hora e é co-autora do livro Fadas no Divã. Seu e-mail: dianamcorso@gmail.com

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Ufa.
Viva April. Viva Frank. Viva eu. Viva você.