Thursday, May 14, 2009

Postando e Comentando XII - Tá doendo?!? Então, solta!


É fato.
O povo tem escrito muita coisa ultimamente pensando em mim.
Eu me limito a postar e comentar, numa maneira de passar pra frente.
Vai que o povo tem escrito muita coisa ultimamente pensando em você, e você não tá sabendo?
Não, não precisa agradecer. Aproveite aí.

Este texto em especial, me deixou bem.
Me deixou com uma sensação de "Ufa, então tá tudo certo!".

Porque, olha só que inédito: sem saber, eu estou agindo do jeito certo dessa vez.
É bom demais quando ninguém te ensinou a coisa, você vai seguindo seu instinto - que neste caso, no meu caso, se chama coração - e quando vêm ver como é que você está fazendo, surpresaaaa! tá tudo certo.
Daí você faz igual o Ivan, meu aluno, e fala pra si o mais sonoro YES!

Lá vai!
Tá tuuudo certo.
E mais, não falo.

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Tá doendo?!? Então, solta!
:: Rosana Braga ::

Sabe quando você vive uma situação difícil, angustiante e que te incomoda? Quando você não sabe o que dizer, o que fazer ou como agir para que a dor passe ou ao menos diminua?

Pois vou te contar o que tenho descoberto, por experiência própria! Em primeiro lugar, observe a situação toda e, sobretudo, observe a si mesmo e os seus comportamentos.

Errou? Tente consertar e, de qualquer modo, peça desculpas!
Fez ou falou o que não devia? Explique-se, seja sincero, não tente esconder seu engano ou fingir que nada aconteceu... Valide a dor do outro, sempre.
Ta difícil conseguir uma nova chance? Dê um tempo. Espere... Às vezes, algumas noites bem dormidas e alguns dias sem a imposição de sua presença ou a insistência de suas tentativas são preponderantes para que os sentimentos bons sejam resgatados e para que um coração possa ser reconquistado.

Por fim, fez tudo isso e não deu certo? Não rolou? A pessoa até te perdoou, mas a massa desandou, a história se perdeu, os desejos esfriaram?!?

Você se sente inconformado, esmagado pelo arrependimento, atordoado pela tristeza do que poderia ter sido e não foi? Tem a sensação de que estragou tudo? Não sabe mais o que fazer para parar de doer? Acredite, só tem um jeito: solta!

A dor é conseqüência de um apego inútil! Deixa ir... Deixa rolar... Se você já fez o que podia fazer, tentou e não deu, confie na vida, confie no Universo e siga em frente. Pare de se lamentar, pare de se debater e de se perder cada vez mais, e tenha a certeza absoluta de que o que tiver de ser, será!

Quando essa certeza chega, é impressionante: a gente simplesmente relaxa e solta! E quando solta, a dor começa a diminuir, e a gente começa a compreender que está tudo certo, mesmo quando não temos a menor idéia de que certo é esse. Mas quando menos esperamos, tudo fica absolutamente claro!

Não se trata de desistir, mas de confiar! Isso é o que se chama FÉ! Isso é o que desejo a mim e a você, quando algo estiver doendo em nós...

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Rosana Braga é Escritora, Jornalista e Consultora em Relacionamentos, Palestrantee Autora dos livros "Alma Gêmea - Segredos de um Encontro" e "Amor - sem regras para viver", entre outros.

Saturday, May 09, 2009

Postando e Comentando XI - Por Estarem Distraídos ou Cansaaaaada!



















Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não.
Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto.
No entanto ele que estava ali.
Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso.
Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham.
Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.
Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

- Clarice Lispector -

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Eu li esse texto pela primeira vez há coisa de uns... quê? quinze anos? Talvez.
Me lembro era uma época em que eu amava e era amada, disso eu me tenho certeza.
Foi um tempo de uma magia tal, que tivemos - eu e ele - muito medo de acontecer isso com a gente.
Batata, de tanto medo, aconteceu.

E eu acho, hoje, relendo, que eu nunca mais me distraí.

Tomara que ainda dê tempo.

Tô cansada. Pronto. Falei.

Tuesday, May 05, 2009

Postando e Comentando X - Rebelar-se é viver o presente


Eu que me digo tão desapegada, tenho sim, alguns apegos brabos.
Ao passado, o maior deles.
Relembro, revivo, remôo, e dou preferência para aquelas lembranças mais doídas.
Parece que gosta de sofrer, que coisa!
Ah, mas falar é fácil! Ela responde.

Bom, tem pessoas que conseguem dar uma simplificada tão grande na coisa toda que até parece meio possível!?!
Olha só isso, gente...

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A mera existência não é a vida. E as pessoas estão apenas existindo, vegetando, sobrevivendo de uma forma ou de outra.

Para a sobrevivência, pão com manteiga e abrigo são suficientes, mas não haverá grandeza, esplendor. Seu céu interior permanecerá totalmente escuro. Não haverá estrelas, não haverá uma noite de lua cheia.

É preciso rebelar-se, rebelar-se contra toda besteira que está sendo ensinada de fora pelas universidades, pelas igrejas, pelos sacerdotes, pelos políticos. É preciso rebelar-se contra tudo. É uma conspiração bastante antiga, com raízes muito profundas.

Rebelar-se significa abandonar todo o passado e viver no presente, sem tradição alguma, sem lembrança alguma, sem conhecimento algum, viver como uma criança, como se você fosse o primeiro homem...

Abandone o passado como se ele nunca tivesse existido, recomece sempre do bê-a-bá, do zero. Assim você terá uma vida linda, uma vida aventurosa, terá uma qualidade extática em sua vida.

Osho, em "Meditações Para o Dia"

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Simples assim.

Friday, May 01, 2009

Postando e Comentando IX - A última impressão é a que fica



















Segue um texto de um dos blogs que eu leio e recomendo, chamado "Palavra de Homem", homem este chamado Felipe Machado, jornalista do Estadão, músico e estudioso da alma feminina.
Dos muitos bons textos dele, este em especial me chamou a atenção.
Concordo.
Assino embaixo.
E me preocupo desde então com a minha última impressão.
Até o próximo encontro, quem fica, é ela.
Enjoy.

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Algumas pessoas não ligam para essas coisas, mas o normal é querer sempre passar uma boa impressão quando se encontra alguém pela primeira vez. Como diz o ditado, a primeira impressão é a que fica. De uns tempos para cá, porém, andei pensando sobre o assunto e descobri que o que acontece na vida real é justamente o contrário: o que fica é a última impressão.

Para você não achar que estou querendo bagunçar um ditado milenar, vou contar um pequeno caso. Muitos séculos atrás, período da era mesozoica em que eu ainda era solteiro, conheci uma garota numa praia do litoral norte de São Paulo. A primeira impressão que tive dela foi ótima: bonita, simpática, divertida, inteligente. A gente nunca tem 100% de certeza em relação a essas coisas, mas acho que ela também foi com a minha cara: sorria bastante, puxava papos, concordava com as coisas que eu falava. Como eu estava voltando para São Paulo no dia seguinte, ofereci uma carona. Ela aceitou.

Arrumamos as malas numa boa, entramos no meu carro, escolhemos juntos a trilha sonora. Maravilha. Mas na estrada, a boa impressão que ela tinha de mim começou a desmanchar.

Todo mundo tem defeitos. Eu tenho vários, mas um deles me incomoda em especial: sou péssimo com caminhos. Às vezes, estou dirigindo e começo a pensar em outras coisas... quando vejo, estou em outra cidade.

Pois foi exatamente o que aconteceu: o papo estava tão bom que perdi a entrada para São Paulo e fui parar na sombria periferia de alguma cidadezinha do interior. Aí deu tudo errado: era época de eleição e meu carro ficou preso no meio de um comício. Quando a multidão começou a bater na janela do meu carro, descobri que minha bela passageira sofria de claustrofobia. Ela começou então a chorar e a minha ótima primeira impressão virou pó.

Deixei a garota em casa cinco horas depois. Ela nem olhou para o carro para se despedir. O que você acha que está na memória dela até hoje, o meu papo superdescolado na praia ou a minha cara de idiota no portão da casa dela? Acertou.

Temos que passar uma boa impressão em todas as ocasiões, mas a imagem que realmente fica na memória das pessoas é sempre a mais recente. Quando você reencontra um amigo de infância e descobre que ele virou o cara mais chato do mundo, não há lembrança sobre aquela histórica partida de futebol no primário que salve a amizade.

A impressão que você tinha sobre o velho amigo era ótima; a atual, que vai durar até você se encontrar com ele novamente, é péssima. A gente nunca tem 100% de certeza sobre essas coisas, mas tenho a impressão de que você me entendeu.