Sunday, December 24, 2006

O começo do recomeço...


Li esse texto na revista Claudia de dezembro, tirei as partes que mais gostei, botei alguma coisa minha, li, reli, gostei e editei aqui.



É pra você! Toma!



A delícia que é abrir um livro e descobrir um novo primeiro parágrafo.O valor de um grande começo. A expectativa que de imediato gera na gente.Tão bom algo que inicia assim, como se início nem fosse. Rapidamente, você já está lá, em outro lugar,em outro tempo, em outra página.E você, diante de certos começos, sorri antecipado. Pressente que a vida, a partir dali, vai ter um pouco mais de graça.Um bom começo é sempre um convite. Convite a quê? A gente só descobre com a história em si. E, claro, não são apenas os livros que, ainda bem, têm esse poder, essa habilidade de renovar a nossa vida.
Os discos são assim. As viagens são assim. Uma garrafa de vinho é assim.
Uma esquina qualquer, na verdade, também guarda esse mistério.
E as pessoas, sim, as pessoas são assim.
Um telefonema, um e-mail, um breve aceno, um esbarrão, um encontro, um desencontro, um sorriso, qualquer coisa pode ser O Início, com direito a letra maiúscula e tudo.
Crianças, por sinal, são constantes começos. O comentário nunca é óbvio. A reação nunca é previsível. Exemplo: a mãe estava com um baralho de tarô nas mãos e o filho, curioso, perguntou:"O que é isso?""A gente pode perguntar coisas para estas cartas.""Perguntar? Pras cartas? Não entendi.""Você se concentra, pensa em uma pergunta, tira uma carta e vem uma resposta.""Posso perguntar, mãe?""Pode, sim."Ele se concentrou, se concentrou, se concentrou e, muito sério, diante do baralho, questionou:"Quantas sementes tem uma laranja?"
Até o tarô ficou sem resposta. Que bom, melhor assim. Daí pergunto eu: quantas sementesterão 2007? Muitas, eu espero. Também vai depender da gente. Sempre depende. Da nossa capacidade de se deslumbrar. De ir junto. De embarcar. De folhear a vida, vamos dizer assim. E, ao se deparar com o instigante, que a gente não prefira, simplesmente, deixar o livro (ou a laranja) pra depois.
Feliz 2007!!!
Pra você, pra mim, pra todos nós. Que o começo do ano traga, justamente, o que ele tem de melhor. A esperança de renovação. A vontade de ir adiante. O sonho de começar e recomeçar e começar de novo, mais uma vez e como se desta vez fosse, outra vez, a primeira de todas as vezes.
Bom começo pra você.

Thursday, December 07, 2006

Ai que saudade sem fim!


Tem horas que me pego pensando em todas as coisas que eu sinto saudades aqui, tão longe, dos medos que eu tenho, entre outros pensamentos soltos e invasivos...

Então que eu tenho saudades óbvias, como aquela que se sente da família e dos amigos, e outras meio inesperadas, como saudades das amigas da minha mãe (Dona Stael, Dona Tutinha, Dona Consuelo), saudades de umas vizinhas (Dona Glicia, Dalisinha e Dona Nara), saudades de um povo que eu nem tive muito contato.

Muitas saudades do Luciano Huck, e de toda a família, Angélica e o fofo do Joaquim.
Saudades do pessoal que ainda deve estar sendo selecionado pro próximo BBB.
Saudades da Andréa e do Wellington, lá do Pinga. Da Lázara, delicada como a minha pele.
Muuuuuuitas saudades dos garçons do Anonimato, daquele palquinho pra eu dar canja...
Da salada... Da Mariela sempre engraçada... da caipirinha de liiiiiima, aaaaaaaaai que saudades dela!!! Aaaah, eu não tomei mais vodca com suco de laranja, esqueci que isso existe aqui. Ahá, mas vai ser hoje mesmo!!!

Saudades do torresmo do Cantinho da Roça, muitas saudades da pamonha da minha vó (hahaha, ficou engraçado, e ela nem é pamonha nada), saudades de ter um monte de Havaianas, saudades de comer pão francês, de tomar guaraná, de pagar três reais na quarta-feira no cinema, de ver filme nacional cheio de palavrão, de dançar até as 5h da manhã na Era de Eros virando o copo vazio pra baixo (aqui tudo acaba a uma e meia e te empurram pra fora sem dó), de comer sanduíche melecado com maionese caseira, de comer tortinha de frango da Marcia, e coxinha da Cida Buffet, de comer traíra do Ernesto e costelinha com mandioca da Créia e tutu do bar do Merim.
Parece que eu tô passando fome, mas não é o caso. Juro.

Medo eu tenho dos meus amigos ficarem estranhos, tipo assim, porque a gente literalmente se distanciou, sabe?
Medo de alguém que eu amo ter algum problema de saúde.
Medo de... só isso, eu acho.
Que bom! Olha, achei que eu tinha mais medos.
Agora eu tenho que ter medo de não aproveitar tudo o que eu tenho pra viver aqui.

Eu, uma pessoa tardia mas ao mesmo tempo, just in time!

Monday, December 04, 2006

Updating...




Geeeeeeeeeeente!
Lembram de mim?
Eu sou a Patricia, que foi pros Estados Unidos pra ficar 4 meses, já ficou quase 6 e nem sabe quando volta!

Então, pessoal... finalmente realizei o sonho do laptop próprio, sou gente que faz!
Infelizmente ele, o laptop, chegou junto com o inverno e na porta encontrou o meu tempo ocioso indo embora disfarçadamente... que bonito isso que eu escrevi, credo!


Mas achei um tempo não ocioso pra escrever esse post. A Patty e eu estamos trabalhando no Mountain Inn agora, o hotel concorrente do resort. Daí que a Patty - que de normal nunca teve muito - tá trabalhando 25 horas por dia, 8 dias por semana, e a bateria dela arriou e ela me pediu muito encarecidamente pra ficar aqui no Front pra ela dar uma cochiladinha ali no 201. Que coisa feia isso! Daí que ao invés de eu passar o aspirador no terceiro e quarto andares eu tô aqui escrevendo pro meu público fiel que nem deve mais lembrar que esse blog existe.


Mas olha, pessoas... nesse tempo de sumiço as coisas mudaram MUUUUITO... eu mudei tanto que mudei até de endereço. Nem sou mais roommate da Patty. Agora meu quarto é Mountain View (hahaha), é super chato abrir a janela de manhã e dar de cara com aquela montanhássa na minha frente sorrindo pra mim. E eu sou vizinha do Black Bear, porque eu agora moro na esquina. E a minha nova roommate é a Liz, a baiana. Quando a gente fica brava aqui, a gente roda ela. Ela roda mais que a Hélice, coitada.


A nossa "casa" tem o mó axtraaaal... a Liz é toda baiana meixmo, daquelas que não manda beijo mas manda "um cheiro"... Tem incenso, tem uma luminária verde de estrela, tem velas, e uns oitocentos tapetes. Na Bahia o pessoal gosta muito de tapete, num sabe?
Ela fala inglês dormindo, e sonha com animais selvagens. Mas um pato pra ela é um animal selvagem, que fique bem claro.

Eu estou de chefe novo também, é o namorado sem dente da minha ex-chefe com dentes. Eu gosto dela (a namorada destusca) mas a nossa comunicação não "fruia". Já com o namorado sem dente é redondo! Tô adorando trabalhar com ele e com a Linda, a gerente. Lembram da Patty falar dela no outro blog? Então, agora elas até se amam, ela é bem legal. E eu e a Patty estamos trabalhando juntas e quase saímos no tapa toda hora mas depois a gente esquece. Eu irrito ela, ela me irrita, a gente vive junto, a gente se dá bem, não desejamos mal a quaaaase ninguém, hahahahaha...


A montanha já tá bem cheia de gente esquiando e fazendo snowboard, eu não tô vendo coragem pra nada disso, uma vez que eu sou um desastre em terra firme.
Mas confesso que ver criancinhas de 3 anos de idade "matando a pau, Juvenal", me deixa humilhada. Mas tsc, ah, outro dia eu penso nisso.


Chegaram mais milhões de pessoas pra trabalhar também, uns par de brasileiros, e o João nada de aparecer.
Mas vieram a Thais, a Priscila, a Catarina, a Mayra, o Fernando, e o Peruano.
Mentira. Ele chama Rafael e é brasileiro, mas ele não tem cara de brasileiro e ele foi querer provar pra mim que era brasileiro sim, e não desistia nunca não, só que a carteira de habilitação dele tava num plastiquinho escrito AUTO-ESCOLA PERU.

Virou peruano na hora!!!


Acho que nós vamos trabalhar muuuuuuuuito e voltar pro Brasil muito ricos, os melhores partidos mesmo!



Se eu fosse vocês, anotava os nossos nomes.
Vocês ainda vão ouvir falar da gente!


Tão tá. Beijo. Tchau.