Saturday, February 17, 2007

Oi, tudo bom?




Então que hoje não tenho nada a escrever, mas eu quero.
Vamos ver o que é que vai dar isso aqui...
Ontem eu fui pra Bozeman e "olhei" um filme tão lindinho (as aspas são pra explicar que tô falando assim pra imitar a Tati, que olha a TV, olha filme, olha tudo, não assiste nada...)!!!
Chama "Music & Lyrics". Com a coisa linda e ingleza do Hugh Grant e a Drew Barrymore, o filminho diz a que veio, ri e chorei...

Gostei porque é o processo da composição de uma música, em 3 dias.

Me lembrei do Roger e das nossas conversas por telefone madrugada afora com ele cantando e tocando violão pra mim, pra que eu comentasse suas músicas... e eu adoraaaaava!!!
Me lembrei de mim quando estava ensaiando pra cantar a musiquinha do Daniel Prado no festival da faculdade (uma das), me lembrei de mim gravando o jingle "Renato e Aloysio, vote 25, vote 25, Renato e Aloysio" na última eleição, hahahaha... Estas foram coisas inéditas, não compus nada, nem music nem lyrics, mas eram coisas inéditas que fui aprendendo e dando forma com a minha voz e no fim ficaram tão ótimas, que é como se sempre tivessem existido pra mim e pra todo mundo.

Eu queria cantar mais, sabia?
Poxa, como eu gosto de "olhar" os making offs dos DVDs de shows, os bastidores, os ensaios, as criações musicais... por isso eu gostei tanto desse filme, porque é bem isso, e melhor, com todo o charme inglês de Hugh Grant que eu já sempre amei com todas as minhas forças.

Bom, acho que isso era tudo o que eu tinha pra contar.

Ou não?
Ontem à noite, depois de Bozeman, eu fui a uma festa latina.
Agora mesmo estávamos comentando aqui do orgulho de ser brasileiro que nos acomete a cada vez que toca qualquer música do Brasil nas festas, mesmo que seja a "Academia da Mãe Loira", de Verônica Costa...

É.
A saudade é grande.

Saudade de cantar em português, viu?

Música & Letra.

Friday, February 02, 2007

"O que a América fez comigo" ou "Como me tornei uma pessoa rude"


Então que eu sempre fui um doce de pessoa, né?
Como bem disse Regina Ferreira e Braga na nossa mais tenra adolescência, eu sempre fui uma pessoa "cordata".
Da adolescência até vir pros Estados Unidos, sempre foi assim...

Mas aí eu vim pra cá e fui dividir quarto com uma menina estressada. Naquele tempo eu achava que eu era um anjo.
Quatro meses depois, uma estação portanto, mudei de roommate por conta do destino, aliás, e fui cair no quarto de uma baiana das mais calmas, o mais puro mel sem favo...
Pronto.
Me descobri uma bruxa, praticamente!

Mas não é bem assim. O contraste entre elas é grande mas nem tanto... a conclusão é que o sistema me embruteceu um pouco sim.

Aqui nesse país ninguém leva desaforo pra casa, e eu levei uma vida inteira de desaforos comigo, quanto sapo eu já engoli, meu povo!
Not anymore.

Aprendi a ser uma pessoa direta. Se perguntar eu respondo mesmo.
Se passar do meu limite leva um susto. Inclusive eu ainda levo um susto também, quando acontece.

Danço conforme a música, e tem que ser assim, senão você pira. Você não imagina o que tem de louco por aí pra num dia ser seu amigo de infância e no outro não te olhar na cara sem você desconfiar do porquá.

E outra: se o assunto for a vida alheia, por fineza, inclua-me fora dessa.
Tenho audição seletiva e é uma das raras situações em que não falo. Nada.
Estranhamente eu nem tomo as dores de ninguém e nem deixo tomarem as minhas.
Aqui todo mundo é grande e sabe da sua vida. E eu faço babysitting sim, mas a dez pilas a hora.

Sei que devem falar um cado de mim também, porque eu já ouvi todo mundo falar de todo mundo, não haveria de ser pelos meus belos olhos que eu seria poupada. Mas, tsc, ah, deixa.

No fim das contas é isso aí... hay que endurecer pero sin perder la ternura.

Procuro não sair disparando das minhas indistintivamente, e sim, quando sinto que é necessário.
E sim, tem coisas que não mudam, quando sou eu que tomo a patada, eu ainda engasgo, degelo e fico com os belos olhos rasos d'água.

No fundo acho que ainda sou um anjo. Olhando bem dá pra ver.