Monday, November 24, 2008

Eu blogo, tu blogas, ele bloga...


...nós blogamos, vós blogais, eles blogam.

[...] Mas, afinal, o que é um blog? A definição clássica afirma que é um diário mantido por qualquer um na internet. A palavra parece ter surgido pela primeira vez em 1997, quando o internauta John Barger chamou seu diário pessoal na rede de "weblog", algo como "registro na web". Em 1999, outro navegante resolveu fazer uma brincadeira. Quebrou o termo em dois, para gerar o trocadilho "we blog", ou "nós 'blogamos'". Aí a palavra "blog" pegou. Tornou-se sinônimo de qualquer diário ou registro mantido na internet. Você vai lá, escreve um texto, publica uma foto, um filme, põe links para o que mais julgar interessante na rede e pronto. Está feito seu blog. Tradicionalmente, os diários eram escritos em pequenos cadernos por quem queria manter as coisas em segredo. Pois na internet eles se transformaram em manifestações públicas e coletivas. Um faz referência ao outro. Um comenta o outro. Um se inspira no outro. E essa multidão de blogs que se entrecruzam e se relacionam ficou conhecida como blogosfera.[...] Fonte: Revista Época

Dia desses eu conversava com um outro blogueiro aí, e explicávamos a um terceiro elemento, cru no assunto, sobre o quer viria a ser o tal do blog.
Nossa definição ficou bem próxima desta definição feita pela Revista Época nos idos de 2006.
Do ponto de vista dos blogueiros, fica declarado que a grande vantagem é a falta de compromisso com coisa qualquer.

Eu por exemplo, me dou a liberdade de citar nomes e lugares que podem não significar lhufas pra você que está "me lendo" agora.
Mas - duas coisas - eu não te pedi pra "me ler" - TÓIN, hahaha - foi você que veio (se bem que pra alguns "fregueses" eu aviso que chegou mercadoria sim, hahaha... aviso que "estamos com novidades") e a outra coisa é que mesmo eu citando aí esses nomes, esses pronomes, esses lugares, eu ainda acho que é fácil de entender.

Quem me conhece sabe que eu falo um tanto.
E meu pensamento é rápido.
E eu acho tudo bem explícito no meu jeito de escrever. Eu mesma "me leio" e me ouço falando desse jeito aqui que eu e você lemos.

Agora tem acontecido uma coisa que eu tô adorando!
Não apenas eu visito blogs de gentes que eu nem sei quem são, mas tenho recebido visitas e comentários de gentes que eu nem sei quem são.

Quem me conhece sabe que eu gosto de gente um tanto.

Bom, o fato é que eu adoro ler os blogs, adoro que cada um seja cada um e vice-versa, adoro a agilidade dos blogs de informações, adoro que meu melhor irmão, que é - este sim - o redator oficial da família tenha criado o dele esse fim de semana, adoro quando conheço gente nova por causa do orablogs.

Bloguemos todos!
Viva!

Monday, November 17, 2008

Se encontrei!!! - Postando e Comentando IV



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Qual seria a sua idade se não soubesse quantos anos tem?

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A geração odisséia
Marie Claire - Edição 212 - Nov/08

Como você se imaginou chegando à vida adulta?
Casada, com filhos e uma casa própria?
Ou dona de uma carreira bem-sucedida, uma mulher independente financeiramente, que aproveita as férias anuais para viajar à Europa?
Ou quem sabe até dona do seu próprio negócio?

Embora esse ainda seja o sonho de consumo de muita gente, boa parte das mulheres que hoje têm entre 20 e 35 anos parece estar longe desses ideais. Para elas, viagem internacional, só se for pra morar fora ou para destinos exóticos.
Trabalho, quanto mais temporário, melhor - e tem de ser prazeroso.
Namoro, casamento? Se não atrapalhar todo o resto, ok.

Mulheres como Martina Pinho, 21 anos, que vive pesquisando novas oportunidades de negócio e só nesse ano acumula milhagens de sete viagens internacionais.
Ou como a psicóloga Patrícia Rabaça, 27 anos, que já fez mais de vinte cursos diferentes, do surfe ao flamenco, passando por danças afro e mitologia grega.
E o que dizer da videomaker Marta Madalon, que, aos 37 anos, morou em 25 endereços e há 4 anos não tem telefone fixo?

Se tudo isso parece familiar - e não instável - é possível que você também faça parte da Geração Odisséia. O termo foi cunhado pelo colunista social americano David Brooks e exprime um grupo que quer viver diversas experiências antes de construir algo mais sólido. Basicamente, são pessoas entre 24 e 35 anos, que estão ocupadas demais explorando e experimentando para pensar em encontrar a profissão, a casa ou o relacionamento certos. E ainda nem pensa em ter filhos.

Brooks escreveu recentemente no jornal 'The New York Times' que havia quatro fases comuns na vida: infância, adolescência, idade adulta e velhice. 'Mas hoje há pelo menos seis: infância, adolescência, odisséia, idade adulta, aposentadoria ativa e velhice.' Para ele, a sociedade está à beira de adotar uma nova geração que é velha demais para ser chamada de adolescente, mas não pode ser exatamente classificada de adulta -e na verdade não quer ser.

No Brasil, o sociólogo Dario Caldas, diretor do Observatório de Sinais, bureau de tendências e pesquisas em São Paulo, começa a enxergar essa nova geração. 'Nota-se uma juventude ampliada, um amadurecimento tardio, que borrou o limite entre as idades. Hoje, o 40 é o novo 30', diz. Entre os fatores que contribuem para essa tendência, Caldas destaca o aumento da expectativa de vida das populações em geral, a globalização e o boom digital. 'Com a queda de barreiras, ficou mais fácil conhecer o mundo.'

'Odisséia significa viagem, jornada, e o principal objetivo dessa fase é tentar experimentar antes de assumir compromissos para toda a vida', diz Bernard Salt, demógrafo social da consultoria australiana KPMG. 'É realmente um enorme 'bufê completo' comprimido em uma década.' Assim como o termo 'adolescente' foi introduzido mais ou menos na metade do século passado, Salt diz que a sociedade talvez precise de um rótulo para descrever essa fase florescente. É claro que é uma etiqueta que nunca vai se adaptar a todo mundo, mas com o tempo ele acredita que cada vez mais jovens de 20 e 30 e poucos anos se encaixarão. [...]

[...]Toda viagem, claro, tem seu fim. O sociólogo australiano Hugh Mackay, estudioso do comportamento dos jovens e autor do livro 'Advance Australia... Where?', adverte que, com o tempo, a Geração Odisséia terá de se estabilizar. Se você mantiver suas opções abertas por muito tempo, poderá perder oportunidades', ele diz.

Na questão dos relacionamentos, Mackay acredita que, mesmo que a experimentação ajude a fazer escolhas amorosas melhores, existe o risco de que, depois dos 30 anos, alguns descubram que 'estabeleceram padrões altos demais' para ter um parceiro. Mas finaliza com uma visão positiva. 'Essa é realmente uma grande mudança cultural. Eles vão ter vidas interessantes e diferentes. É uma geração a se observar.

Você faz parte da geração odisséia?

Como você sabe se é uma delas:
- Você muda mais de endereço que de penteado
- Você troca regularmente de namorado, emprego ou profissão
- Você sente que passou a maior parte da vida em uma fila no aeroporto
- Você acaba de voltar (ou está planejando) uma viagem de seis meses ao exterior
- Você não tem uma linha fixa de telefone ou, se tiver, não lembra o número
- Você acha que 35 anos são os 30 de ontem
- Você gasta boa parte do seu dia navegando na internet

Você dá valor a:
- Criatividade
- Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
- Amigos
- Gratificação instantânea

Você passa seu tempo livre:
- Sondando os amigos sobre sua última grande idéia empresarial, seja um café orgânico numa praia ou uma empresa na internet
- Pulando entre aulas de ioga, videntes, personal trainers, massagistas e terapeutas
- Organizando novas atividades para fazer com suas amigas, de surfe a clubes de livros

A frase mais usada é:
- 'Qual é a última novidade?'

Você tenta não pensar em:
- Que você não tem um financiamento ou um plano para os próximos cinco anos
- Sua fatura do cartão de crédito
- O que você aprontou no último fim de semana

Tem mais aqui, ó:
http://revistamarieclaire.globo.com/EditoraGlobo/componentes/article/edg_article_print/1,3916,1690779-1740-3,00.html

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Então... se encontrei, gente boa!

Pra mim a coisa ainda se potencializa, porque eu comecei mais tarde, e sinto nitidamente que tenho tanto por fazer!!!
Isso não me deixa (mais) ansiosa.
Isso me dá a certeza de que mais uma aventura está sempre à minha porta.
Eu acho bom que a minha vida caiba numa caixa de papelão que eu lacro e levo pra outro lugar, se preciso ou conveniente for, sem "dramar" demais da conta...
Eu chamava isso de "espírito livre", acho que continuarei chamando, mas fiquei felizmente surpresa ao ver que viramos - eu e os outros tantos - objeto de estudo. Viramos um termo. Viramos uma referência. Viramos algo a se observar.

Eu que tinha um medinho da solidão no fim da vida, me sinto confortada agora.
É bem provável que a solidão não me pegue nem quando e se eu quiser.
Sorte que eu nem quero mesmo.

VIDALOUCAVIDAÁ
VIDABREVE
JÁQUEEUNÃOPOSSOTELEVAR
QUEROQUEVOCÊMELE-E-VE

Sunday, November 09, 2008

What am I doing right?


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...my life has no purpose, no direction, no aim, no meaning, and yet I'm happy...

...I can't figure it out... what am I doing right???

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Frasezinha atribuída ao Snoopy, dita pelo Caio no Orkut dele e copiada por mim.
Tô eu aqui, depois de um fim de semana dos mais bons, pensando nisso.
Que será que eu tô fazendo de certo?!?

Meu fim de semana começou com um perfect timing que eu não acreditei.
Manhã de Sábado.
Eu tinha que estar na Paulinha às duas PM.
Era meio dia e meia eu tava saindo de casa querendo passar antes na Benedito Calixto. Tranquiiiiila...
Fazer o que lá, então, gente?
Nada.
Eu não sei porque, mas eu gosto de lá.
Vai ver é porque quem vai lá gosta de lá.
E se quem gosta de lá, vai lá, que nem eu vou lá, o povo que vai lá é feliz, porque vai porque quer, não por obrigação. Hahaha... mas não faz sentido? Falaí se não?
Comi um acarajé, comprei uma medalhinha de São Jorge e menos de uma hora mais tarde, tô no ônibus rumo à Paulinha.
Eu nunca tinha ido na Paulinha não, mas tsc ah, vai dar tempo, e eu vou achar o lugar logo, cê vai ver.
Deu tempo. Achei.
Duas PM eu tava lá.
Cheguei junto com a Lana, a maga dos pães especiais que parece tanto minha madrinha Lusa em tantas coisas.
Depois chegou mais um casal também bem bacana.

O consultório da Paulinha é o espelho da Paulinha.
Uma paz... cheio de plantinha e de florzinha nas almofadas, quietinho, sossegado.

Mandalas.
Quê que eu sei de mandalas?
Muito pouco. Quase nada.
Eu era a que menos sabia, porque eu sabia o que era uma mandala, e isso é mais que nada.
Mas é assim que funciona, você não sabe de nada até ficar sabendo.
Aprendi um tanto, vi meus momentos ali, nas cores e formas que eu escolhi.
Me expus, dividi, falei, ouvi dos outros.
Fui embora levezinha de tudo.

Uma animação ferrada tomou conta do meu ser e a Lé me acompanhou nesta aventura.
Na Mata Café, de taxi e fiado porque esqueci de sacar dinheiro antes das 22h.
O Edson é taxista e truta. Me leva pra escola toda vez que eu perco o ônibus, sabe que vai ter que parar num Itaú qualquer pra eu sacar, me levou pro Na Mata sabendo que eu não tinha dinheiro e pago Segunda. No caminho me contou que é fã confesso dos Rolling Stones, que tem 50 vinis deles que vão ficar pros três filhos que ele tem, e ó: "com a mesma mulher!".

No Na Mata eu e Lé conhecemos um cado de gente engraçada e alto astral, os garçons me reconheceram - e era só a segunda vez que eu ia lá - e cantaram Amy Winehouse comigo, eu me acabei de dançar até quatro e meia da manhã em cima de um saltão, cheguei em casa às cinco e tal, comi amêndoas defumadas e fui pra cama, pra hoje acordar e almoçar com as irmãs mais fofas do mercado - Marina e Thais - no lugar mais aconchegante que eu já fui em São Paulo, mandei um espaguete com frutos do mar que não tem explicação...

Do restaurante fui parar numa capela. Missa, gente. Nnnnnu, quanto tempo!
Eu não gosto de padre burro, que fala errado, que fala a mesma coisa de vinte jeitos diferentes porque aprendeu programação neuro-lingüística por correspondência.
Não gosto de padre que xinga a gente como se fôssemos um bando de pecadores para quem há pouca esperança.
Não gosto de bater palma e balançar o folheto gritando "glória".
Não gosto.
Dessa missa eu gostei, nem vi passar. O padre sabia o que tava falando e sabia que não precisava falar mais do que aquilo.

Na volta, Avenida Paulista.
Sol.
Rodas de samba cercadas de gente de todo modelo e lugar cantando e se sacudindo felizes, celebrando um domingo de sol.

Eu, de mim, celebrando a eterna jovialidade da minha alma, a clareza com que vejo que tenho mesmo muito e sempre a celebrar, e o fato que, mesmo sem conseguir responder "what I am doing right", e mesmo quando eu não estiver mais pensando nisso, I'll probably keep doing.

Tem gente que é assim.
Tem mania de ser feliz por qualquer coisa!!!