Saturday, April 04, 2009

Sobre a (im)perfeição


A perfeição é muito relativa e eu - a duríssimas penas - aprendi que não a quero mais.
De perto ninguém é perfeito, de perto ninguém é normal.

O ideal inatingível que eu coloco tão acima de mim pode servir para que eu me deprecie mais e mais, porque o óbvio às vezes parece sânscrito: não vou ser perfeita nunca. Vou ser sempre eu.

A coisa toda é me sentir bem sendo quem eu sou, under my own skin.

Muita gente costuma achar que o problema é sempre o outro.
Eu ao contrário sempre tenho certeza que o problema sou eu, o outro é sempre o máximo, ele há de estar certo, alguma coisa eu fiz, e mesmo que eu nunca descubra o que foi, foi horrível com toda a certeza.

Muita gente pode se surpreender ao me "ler" falando assim, eu não pareço me preocupar muito com os julgamentos e opiniões alheias não, eu sei disso, mas "de noite na cama eu fico pensando", você é que não sabia.

Porém, a gente está nesse mundo pra evoluir, no dia em que a gente atinge o ponto máximo a gente vai embora, deixando o exemplo e as lembranças pros outros.

Eu tenho aprendido bastante comigo e com as diferentes Patricias que eu sou quando estou com diferentes pessoas. Sim, parece meio complicado, nem sei se acontece o mesmo com mais alguém, mas eu não sou a mesma com todo mundo, eu não sou uma só. Posso ser ótima e posso ser péssima. Posso me alternar com as pessoas e posso me alternar com a mesma pessoa. Posso não estar conseguindo me fazer entender mas qualquer coisa eu volto mais tarde pra tentar clarear mais as coisas.

O diferencial recém absorvido - que é o que eu quero pra mim desse minuto em diante - é aceitar minhas fraquezas, me perdoar por elas, e mais importante, revertê-las, mesmo que a duríssimas penas.

Aceitando meu tempo, aceitando o tempo dos outros, aceitando que mesmo depois de revertidas as fraquezas em força, ainda estarei longe da perfeição.

E que mesmo assim, tá bom.

2 comments:

Fernanda MBem said...

Tá muito bom, bobona. Tá bom demais.

Todos nós temos um lado ruim pra gente, e mais ninguém. Um lado que ninguém sabe que existe e tá lá.

E às vezes, ou sempre, ele aparece pra mim tmb.

The thing is we have the accept it, live with it and move on.

Just try a little tenderness!

: )

Mari said...

Lôra/ Ruiva lindeza!
Suas palavras são sempre "minutos de sabedoria" pra mim, hehe. Sério! Te ler é o que há!

Eu já desisti da perfeição há tempos, mas acho que tem algo de ruim nisso tb, não dá pra não se importar...

Fez sentido? Se não, deixa pra lá.
(viu, nem ligo mais!)