Sunday, April 29, 2007

Tudo o que vai, volta!






É. Cheguei.
Voei de Atlanta pra cá na sexta-feira 13, e em prantos.
Quando liguei em casa pra avisar que só faltava agora o último vôo, soube que a minha avó - a mais linda de todas as avós - tinha ido embora. Não me esperou.
Depois de 97 anos muitíssimo bem vividos, ela foi embora, deixando um vazio muito muito muito grande mesmo nos corações de filhas, irmã, sobrinhos, netos e bisnetos. Mas é assim. Um dia a gente tem que ir.
A gente sempre volta, até o dia em que não volta mais, ou porque não quer, ou porque não pode.

E eu então voltei.

Vim tomar um fôlego brasileiro, cuja fonte são os meus pais, meus irmãos, a sobrinhada, e os inúmeros amigos.
Gente, eles são muitos!
E três semanas está sendo pouco pra vê-los e curti-los todos, porque afinal, de férias aqui estou só eu. Mas eu tô tentando.... Estou "atendendo" em grupos (hahaha) e tentando não esquecer de ninguém. Ainda falta um tanto bom, e falta uma semana só pra eu... voltar.
Voltar pra paz da minha montanha, daquele imenso céu que fica bem em cima da minha cabeça, pro silêncio, pro aperto do quarto 231 que vai estar enooorme sem a minha baianinha por lá (mas ela também volta).
Voltar pros novos amigos, para as pessoas especiais que eu ganhei.

Vai ser difícil - de novo - deixar tudo pra trás, estou impressionada com o tanto que sou querida.
Tá bom, eu sabia, mas depois de dez meses fora, tudo tem peso 2.
Tá muito bom sair todo dia com pessoas ótimas, comer muito e bem, tomar cerveja gelada, assistir filmes brasileiros no cinema, ver novela, saber que a Ivete continua rainha e boba, comprar CD e DVD da Maria Rita bem baratinho, saber in loco de todas as fofocas mais quentes, contar as minhas aventuras na América e chegar à conclusão de que por mais que eu hoje considere que minha vida é lá e é aquela, eu sempre terei pra onde e pra quem voltar.

Voltar é sempre muito bom.
Seja pra aqui. Seja pra lá.

E você, volte sempre. Prometo escrever mais! ;)

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai querer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega é o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar, é a vida

- Milton e Fernando Brant -