Monday, December 29, 2008

Adeus Ano Velho


Pois é, acabou.

Eu fiz uma pré-retrospectiva dia desses mas chegou a hora da oficial.

2008 tá acabando assim, ó:

. sem Big Sky, com São Paulo

. sem aquele moço por quem eu voltei apaixonada e sem outro moço pra me acelerar o coração - não gosto!

. sem privada pra limpar todo dia e com um mooonte de alunos fofos

. sem a Liz, a Alice, a Beata, o Brian e o Alex perto mas com a Liz, a Alice, a Carla, o Vini e até o Brian visitando

. com família ao alcance das minhas mãos e com duas irmãs novas e outras amigas e amigos do tipo everlasting

. sem a Linda Lindberg de chefe mas com a Paulinha que - quem conhece sabe - dá de milhão na lindeza da Linda, hahaha

. sem Mountain Lodge 231, sem Hill Condos 1316, mas com Edifício Martinico Prado 53

. sem Karaoke Nights no Bambu, mas com a Mama!!!

. sem as praias do Hawaii mas com ticket comprado pras praias da Bahia

. sem Bush e com - oba! - Obama

. com Romana de volta a Varginha

. com DVD novo da Marisa Monte

. com a minha situação eleitoral regularizada

. com um HD novo pro meu mac

. com um tanto de regalos fofos que eu ganhei aqui e acolá

. com a Tia Lucy dando um bruta susto - e ainda lá, na UTI - mas com fé que ela vai sim sair dessa

. com viagem adiada pra Bahia e tocada pelo fato de qua a Bahia sem mim não teria graça pra Vivi e pra Flá

. com a certeza de que o monte de abraço e beijo que eu tenho dado na minha mãe estão pelo menos fazendo ela sorrir um pouquinho

. com uns oito, dez quilos a mais

. sem Orkut e com Facebook - YES!!!

Ah.

Li uma crônica da Martha Medeiros sobre o Ano Novo, em que ela fala da dificuldade de se dar aquela "zerada" que é esperada de todos nós, de um dia pro outro, quando muda o ano.
Porque pra abrir espaço pro novo, temos que perder o velho, e a gente não quer trocar uma coisa por outra, a gente quer é acumular.

Bom... Sou obrigada a copiar um trecho aqui pra vocês, lá vai:

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O ideal seria o novo ano nos receber de portas escancaradas para que passássemos com toda nossa bagagem.
Porém, a porta não é tão escancarada assim.
Não dá pra trazer tudo com você.
Principalmente se você está assim tão repleto de desejos novos.
Para que possamos receber o novo, é preciso deixar pra trás desejos antigos.
Isso não significa que a gente não deva guardar boas lembranças, mas não dá pra se agarrar a isso como a uma âncora. A gente só pensa em ganhar, mas é preciso aprender a perder.

Foi lendo uma crônica do Contardo Calligaris, de dezembro de 2005, que me deu o estalo: como é que vou abrir espaço para novos acontecimentos e emoções na minha vida se não consigo me despedir do ano passado, do tempo passado ?

Adeus ano velho.
Foi ótimo, foi péssimo, foi fácil, foi difícil, me dei bem, me machuquei, teve de tudo.
As coisas boas naturalmente vão se acomodar na minha mochila e vir comigo, mas e tudo aquilo que não cabe mais na minha vida? Faço o que com o excesso de peso?

Algumas pessoas desejam uma nova perspectiva profissional, mas, em vez de um basta para o trabalho que já não serve, se arrastam mais um pouco e os prognósticos de novidade não se cumprem.
Há os que querem parar de fumar, parar de engordar, parar de beber, mas para tudo isso terão que abrir mão de algo difícil de abandonar: o prazer que certos maus hábitos proporcionam.

E tem aquele assuntinho onipresente, as relações amorosas.
A gente já não vê mais graça em sofrer, não quer se acostumar com a dor, com as repetições, com a aridez do coração, mas como virar a página depois de tudo o que foi investido, de tanta tentativa, de tanto sentimento que não foi inventado, mas que existiu de fato?

Para responder a essa questão, volto (e voltarei sempre) a uma frase do Norman Mailer: "As pessoas procuram o amor como solução para seus problemas, quando o amor é a recompensa por você ter resolvido seus problemas."
E emendo com uma citação que complementa a anterior. Do Calligaris, claro, guru e inspirador desta crônica: "Meus votos para todos: um ano novo sem medo de perder."

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Repito então agora como MEUS votos pra todos: UM ANO NOVO SEM MEDO DE PERDER.

Monday, December 15, 2008

LET GO ou O BAZAR DA AMIZADE



A gente subia o morro quando eu falei que eu tinha uma idéia.
"E se a gente fizesse um bazar amanhã? Tipo, uma limpa no guarda-roupa. Cada um junta o que não tem usado assim, nos últimos seis meses, e daí a gente vê quem quer."

Idéia aceita.

Text message da Fê: "Acho que empolgamos com o bazar, o Fê vai participar também. Vamos atrasar uma meia hora, ok?".

Ok.

Ai que delícia, gente, vamos começar logo, cadê a Isa que não chega?
Quero isso, você troca pelo que?
Um creme anti-rugas vale um "Super Trunfo"?

Esse da Martha Medeiros é pra você, dirigido, mas você lê depois passa pra alguém.

Gente, mas esse brinco você não comprou outro dia?
É, mas é pesado demais e me deu alergia.

A Isa chegou.

Vamos sortear a seqüência e cada um pega o que quer, senão vai acabar amanhã, se a gente tiver que negociar.

Peraí que eu tenho mais coisas.
Esse lenço né falsificado não, viu?

Não esquece que tem o "Super Trunfo".

Esse chá tá vencido!!! Mas o cereal eu levo.

Nossa, tá indo rápido agora,ó, tá quase acabando tudo.

Cabô.

Gentequedelícia!!!
Como é que a gente não pensou nisso antes?
Quanta coisa que eu ganhei...

Gentequedelícia MESMO!

Nada mais gostoso que desempoeirar as gavetas e os guarda-roupas, pra não falar da despensa.
Deixar de lado o que não nos cabe mais, o que a gente achava que gostava, que nos fazia nos sentir feliz mas agora DEU. Tá no ponto pra andar. Mudar de dono, de casa, de corpo. Fazer outra pessoa feliz.
Tão bom ganhar coisa também, né?
Coisa que pode ficar com você mais um tempo e andar de novo, daqui uns meses, olha só que beleza.

Sem melindre de "quem foi que ficou com aquela carteira?", "putz, ela pegou todas as camisetas?" ou "pelo jeito ninguém quis minhas coisas...".

Todo mundo se divertiu, confraternizou, se reciclou, se renovou, repartiu, desapegou.

Sei não, mas tô achando que o tal do espírito do Natal deve passar por aí também.

PS: Fê da Fê, deu R$48,99 de moeda. Vários brindes garantidos na Bahia.
A você, ao bazar, e principalmente... à amizade!!!

Friday, December 05, 2008

You're just too old to be good...



Semana passada recebi um e-mail de uma ONG me convidando pra ser voluntária na festa de Natal das crianças carentes neste domingo.
Viva! \o/
Eu já participei de uma festa deles esse ano, lá no Hopi Hari, passei o dia responsável pela Stephanie, uma menininha fofa de seis anos, brincando com ela e outras amiguinhas e outros voluntários. Foi muito muito muito legal.
Anrran, vai ser legal de novo. Mais legal até.
Respondi ao e-mail, me inscrevi, mas questionei um detalhe que estava no e-mail deles. Eu vi lá escrito assim:
FAIXA ETÁRIA: 15 a 30 anos.

Opa.
Crianças de 15 a 30 anos?
Voluntários de 15 a 30 anos?!?

É.

Não vou mais à festa?

Não.

Mandei e-mail e scrap, disse que já participei de uma festa deles esse ano e que nem no treinamento - sim, há inscrição, treinamento, cadastro e tals - foi mencionada a tal da faixa etária.
Sim, "a partir de agora é aplicado assim", me escreveu a moça.

Ela disse também pra eu não desistir de ser voluntária, "pois há muitas ONGs que aceitam pessoas de todas as idades".

Vou procurar outra ONG sim e não vou desistir não.
E quando eu encontrar, posso dar um toque pra Ivete, pro Gianechini, para o caso de eles quererem fazer trabalho voluntário. É bom avisar Angélica e Lu também.
Sob o ponto de vista dessa ONG, eles estão meio defasados.
Não há de ser muito saudável para crianças carentes ganhar um presente, um carinho e a atenção de uma pessoa acima dos trinta. Não fica nem bem.

Ah.
Feliz Natal pra todos vocês.
De todas as idades, cores, e credos.

Monday, December 01, 2008

There are sooooo many special people in the world! Brigada, Deus!


Reli agora meu post do final de junho, selando o fim do primeiro semestre.
E não é que acabou o segundo, gente?
E esse aí voou mais rápido que o primeiro, que coisa!

Fim de semestre, fim de ano, daqui a pouco a Globo passa a "Retrospectiva 2008" e eu quero me adiantar aqui porque eu curto chegar na frente e ficar em semi-impedimento.

Pois é.
Primeiro de dezembro, ano passado hora dessas eu estava tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me fazia chorar.
Hora de voltar pro Brasa e deixar pra trás a montanha encantada, os amigos encantados, o amor encantado e encarar a vida real.
Medo de sofrer tanto de saudade de todo esse encantamento a ponto de não conseguir corresponder à felicidade que sentia quem me esperava por aqui.
Mas não.
A saudade de Big Sky não vai passar, já sei disso. I can "sent".
E a alegria de estar de volta cresce a cada pessoa que eu revejo ou a cada nova pessoa que passa a fazer parte da minha vida.

O medo de não conseguir me encontrar profissionalmente depois de limpar banheiro por um ano e meio deu lugar à doçura e afago das boas vindas da Paulinha encantada.
No espaço de tempo que dura uma fatia de cheesecake eu ganhei de brinde duas irmãs e mais umas amigas encantadas assim, instantaneamente. Eu tenho pra mim que esse cheesecake era encantado também, vai saber, aí tem coisa.

Daí pra frente minha fadinha só me deu alunos lindos, especiais, divertidos, zuados, sensíveis, alunos que só fazem me ensinar.

Descobri que era isso aí mesmo que eu queria ser quando crescesse.

Descobri que nem a essas criaturas encantadas eu preciso me apegar além da conta e sofrer de medo deles me esquecerem no próximo semestre e me trocarem por uma teacher mais legal.

Se houve troca, haverá a promoção da categoria de aluno pra amigo.

Daqueles que te abraçam no corredor, daqueles que te mandam scraps, que comentam suas fotos, que te gritam na rua e combinam de encontrar no Higi. Aqueles que riem em francês com você de madrugada pelo Orkut, aqueles que passam a ler seu blog e aqueles que te convidam pra festa de 15 anos. Que te trazem pin do Pato Donald de presente da viagem a Disney porque você é a cara dele.

Olhando direito, metade nem é seu aluno, uns já foram, outros quem sabe um dia vão ser, hoje são das outras teachers, mas todos já te encantaram e já se deixaram encantar.

E digo mais.
Depois do CeleBration eu acho que eu não me chamo Patricia, nem mesmo Pat S.
A Fê não é a Fê, a Viviane não é a Virginia, a Paula nem é coordenadora, a Sil não é Sil, nada disso.
A gente é tudo "teachoooor".
E eles nem são "learners" nada.
São todos uns fofos.
Todos encantados.

There are so many special people in the world.
Soooo many special people in the world.
In the world.